USO DO PLASMA CONVALESCENTE NO TRATAMENTO DA COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/643Palavras-chave:
Convalescença, COVID-19, Plasma, TerapêuticaResumo
Introdução: A doença coronavírus 2019 (COVID-19) é uma afecção respiratória, causada pelo betacoronavírus2 (SARS-CoV-2), que gerou uma pandemia e apesar dos esforços mundiais para contê-la, ocasionou alta morbimortalidade na ausência de profilaxia ou terapia comprovada. Em relação aos tratamentos em investigação para a COVID-19, o plasma convalescente (PC) tem despertado grande interesse na comunidade médica. Objetivo: Analisar a produção científica sobre o uso do PC no tratamento da COVID-19, fundamentada na necessidade de aprofundamento desse tema. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou artigos na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como descritores plasma and COVID-19 and tratamento com os filtros “texto completo”,“inglês”, “português” e “plasma” como assunto principal. Dos 34 artigos encontrados, foram excluídos 6 que eram repetidos ou incompletos, assim o corpus do texto foi constituído por 28 artigos. Resultados: O PC já foi utilizado em surtos anteriores de infecções potencialmente fatais, como influenza e Síndrome Respiratória do Oriente Médio, em que mostrou bons resultados. Já em relação a COVID-19, percebe-se que há benefícios para neutralizar e eliminar o vírus, estimular o sistema imune, impedir o excesso de vazamento vascular e restaurar o glicocálice do endotélio. Nesse contexto, os estudos mostraram: diminuição da viremia, redução da mortalidade, do tempo de hospitalização, da suplementação de oxigênio e da ventilação mecânica, principalmente com a transfusão precoce (até 72h da admissão). Porém, essa terapia não está totalmente esclarecida e apesar de raras, podem ocorrer complicações, como: sobrecarga circulatória associada à transfusão, anafilaxia, lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão, infecções e até a morte. Conclusão: Destarte, percebe-se que essa terapêutica mostrou-se eficaz em alguns estudos, principalmente quando associada ao tratamento amplo. Todavia, a segurança e eficácia não estão totalmente comprovadas, pois não há um consenso a favor ou contra. Assim, sugere-se mais estudos com maior grau de evidência.
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