RELAÇÃO CAUSAL ENTRE A SÍNDROME MIELODISPLÁSICA E LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA

Autores

  • Dyenifer Sara Lopes Neves
  • Augusto Borges Matos
  • Rafaella Moniza Bento Palmeira Figueiredo
  • Letícia de Castro Ottoni
  • Letícia Ariane Tanure

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/636

Palavras-chave:

Leucemia mielóide aguda, Patogênese, Síndrome mielodisplásica

Resumo

Introdução: As síndromes mielodisplásicas (SMD) são resultado de alteração em um ou mais genes que controlam o desenvolvimento de células sanguíneas, causando displasia em pelo menos uma linhagem celular. A SMD afeta em sua maioria os idosos, podendo variar de um impacto mínimo ou se estender a um curso muito agressivo com progressão para leucemia mielóide aguda (LMA), que se dá através de mutações em determinados genes, em especial as que envolvem cariótipo complexo. Objetivos: Discutir, com base na literatura utilizada, a relação causal entre a SMD e LMA. Material e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura de artigos das plataformas Scielo, PubMed e Nature, na busca por análise, registro e interpretação acerca dos resultados visando artigos de relevância para o resumo. Resultados: Há diferenças no padrão de progressão da SMD para LMA. Isso ocorre devido às diferentes mutações no curso da mielodisplasia. Assim, SMDs com mutações somáticas heterozigotas no gene SF3B1 (splicing fator 3b, subunit 1) apresentam uma característica de progressão lenta e crônica, raramente evoluindo para LMA. Quando ocorre a progressão, ela se deve a aquisições ou expansões de mutações somáticas com inativação dos genes RUNX1 ou EZH2. Em contrapartida, as SMDs com combinações de genes mutados, sobretudo os genes codificadores de splicing de RNA SRSF2 e U2AF1, evoluem com grande presença de blastos desde o início da doença e progridem, frequentemente, para LMA, quando a contagem de blastos na medula óssea supera 20%. Conclusão: Apesar de raros casos de SMD com mutações no gene SF3B1 evoluírem para LMA, outros genes comprovaram a relação causal entre SMD e LMA. Translocações envolvidas na patogênese da LMA também estão associadas à SMD, evidenciando um padrão de continuidade entre as doenças.

Publicado

2021-02-01

Como Citar

Neves, D. S. L., Matos, A. B., Figueiredo, R. M. B. P., Ottoni, L. de C., & Tanure, L. A. (2021). RELAÇÃO CAUSAL ENTRE A SÍNDROME MIELODISPLÁSICA E LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 29. https://doi.org/10.51161/rems/636

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line