DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO EM PACIENTES OBSTÉTRICAS INFECTADAS PELO SARS-COV-2 (COVID-19)
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/626Palavras-chave:
COVID-19, Coagulação, GestantesResumo
Introdução: A atual pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARSCoV-2, teve rápida disseminação e resultou em inúmeros casos fatais. A coagulopatia é uma das principais complicações dessa doença, sendo possível a ocorrência em qualquer paciente infectado pelo vírus, um dos grupos de risco, as pacientes obstétricas, denota maior atenção, devido às alterações coagulativas e hemostáticas já esperadas neste grupo. Objetivo: Analisar a ocorrência de coagulopatia devido à COVID-19 em pacientes obstétricas. Material e métodos: Após o levantamento de dados nas bases PUBMED, LILACS, SciELO e MEDLINE, utilizando os seguintes descritores: Coagulopathy; Covid-19; Sars-CoV-2; Blood Coagulation Disorders; Pregnant Women; Coronavírus Infections, 17 artigos foram selecionados para compor esta revisão, sendo 10 Artigos de Revisão, 4 Relatos de Casos e 3 Artigos Originais. Resultados: A infecção pela COVID19 causa uma resposta inflamatória exagerada, com a presença da chamada “tempestade de citocinas”. Esse estado hiperinflamatório pode facilitar o surgimento de microtrombos em diversos órgãos, como fígado e pulmão. A inflamação, por si só, tende a favorecer a presença da hipercoagulabilidade, sobretudo, entre os casos mais severos. Nas gestantes, submetidas às alterações fisiológicas desse período, caracterizado por um estado hipercoagulativo e hipofribinolítico, associado a uma supressão imunológica natural, evidencia-as como um grupo à parte dentro dessa temática, esse com maior possibilidade de distúrbios coagulativos severos, como a formação de microtrombos placentários e níveis elevados de D-dímero, o que indica piores desfechos maternos e fetais. Conclusão: A hipercoagulabilidade aumenta a mortalidade da COVID-19, sendo o grupo de gestantes mais suscetível a esse agravo devido às alterações causadas durante esse momento, piorando seu prognóstico. A própria carência de estudos e protocolos, portanto, evidencia a necessidade de buscar ainda mais dados sobre essa relação, a fim de prover o melhor manejo a tais pacientes.
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