TRATAMENTOS PARA COVID-19: CENÁRIO ATUAL E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

Resumo

Introdução: A doença do novo coronavírus (COVID-19) apresenta um desafio global, sobretudo pela alta taxa de transmissão e ausência de tratamento definitivo. À medida que a pandemia se espalha, cientistas exploram ativamente medicamentos potencialmente eficazes no combate ao COVID-19. Objetivo: Elucidar os tratamentos para COVID-19, apresentando o cenário atual e as perspectivas para o futuro. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados: Europe PMC, SciELO, Lilacs e PubMed, pesquisando os termos COVID-19, SARS-CoV-2, pandemia e farmacoterapia, em títulos, resumos e palavras-chave. 33 publicações atenderam aos critérios de elegibilidade, sendo selecionadas para esse estudo. Resultados: Foram revisados ensaios clínicos, relatos de casos e sugestões de medicamentos potencialmente eficazes para o tratamento de COVID-19. Os antivirais relatados foram aqueles que já apresentavam boa resposta para outros tipos de coronavírus. Entre eles está o remdesivir, que apresentou ação impedindo a replicação do vírus MERS e foi incluído em ensaios clínicos com COVID-19, administrado em conjunto com baricitinibe. Uma combinação do lopinavir e ritonavir teve boa resposta quando administrado em conjunto com ribavirina e IFNβ- 1b, eliminando mais rapidamente o vírus do organismo. Além destes, estão também em fase de testes o favipiravir e o arbidol. A hidroxicloroquina, autorizada para uso emergencial pela FDA, sofreu recente suspensão pela OMS, após estudos clínicos divulgados pelo The Lancet mostrarem ineficácia do medicamento frente ao COVID-19. Estudos publicados no JAMA e New Englad corroboram esses resultados. Quanto a vacina, atualmente há mais de 100 projetos centrados no seu desenvolvimento. Em 11 de maio, oito vacinas candidatas foram testadas em seres humanos. Mas, apesar dos avanços, não devem chegar no mercado antes do segundo trimestre de 2021. Conclusão: Até o momento não há um tratamento específico para COVID-19. Novas vacinas têm sido testadas e a promessa é que sejam disponibilizadas em até 18 meses. Até lá, medidas de isolamento e controle de infecção continuam sendo as opções mais viáveis para conter a disseminação do novo coronavírus, que continua se espalhando em níveis alarmantes em boa parte do mundo.