PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Crislâiny Siqueira Verçosa
  • Fiamma Acsa de Siqueira Araújo

Palavras-chave:

atenção primária à saúde, gestação, perfil epidemiológico, sífilis

Resumo

Introdução: Sífilis é uma doença infecciosa, crônica e por vezes assintomática causada pela bactéria Treponema pallidium. A sua transmissão ocorre por via sexual quando não há o uso de preservativos, transfusão sanguínea contaminada ou via vertical transmitida a partir da mãe para o seu feto ou recém-nascido durante o parto. No Brasil, essa patologia persiste como um grave problema de saúde pública. Assim, conhecer as características das gestantes com a sífilis é bastante importante pois, a partir dos dados epidemiológicos podem ser reformuladas políticas públicas para o controle dessa afecção no país. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo analisar na literatura o perfil epidemiológico de pacientes com sífilis gestacional no Brasil na atenção primária à saúde nos últimos cinco anos. Material e métodos: Este estudo consistiu em analisar artigos disponíveis nos bancos de dados da Biblioteca Científica Eletrônica e Virtual (Scielo), Pubmed e Google Acadêmico, utilizando os termos “Sífilis Gestacional”, “Atenção Primária à Saúde” e “Perfil Epidemiológico”, contemplando os estudos publicados entre os anos de 2015 a 2020 em inglês e português. Resultados: Diante do levantamento bibliográfico realizado, foi observado aproximadamente que 82% das gestantes realizaram o pré-natal, 63% foram diagnosticadas durante esse período e 94% do tratamento foi considerado inadequado ou não foi realizado. O primeiro exame de VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) foi tardio para 55,6% das gestantes, vale ressaltar que o primeiro resultado de VDRL não foi reativo para 7,1% das gestantes analisadas indicando provável infecção durante a gestação. E 71, 7% que realizaram mais de um exame apenas 5,9% repetiram o exame até o terceiro trimestre da gestação. Além disso, 54% das gestantes ainda são diagnosticadas no segundo ou terceiro trimestres da gestação, indicando que ainda são necessárias melhorias nas ações de diagnóstico precoce. Conclusão: Com base nos resultados encontrados, observa-se que o pré-natal realizado inadequadamente contribuiu para o não diagnóstico e tratamento precoce da sífilis. Dessa forma, é imprescindível o desenvolvimento de políticas públicas eficazes na prevenção e controle da doença em sua fase inicial, visto que tratando essas patologias, elas podem ser evitadas.

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Verçosa, C. S., & Araújo, F. A. de S. (2020). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(3), 56. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/432