PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA DECORRENTE DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ODONTOLÓGICOS

Autores

  • Eduardo Kailan Unfried Chuengue
  • Neide Garcia Ribeiro Castilho
  • Jéssica Jamali Lira
  • Marília Ermita Arrabaça

Palavras-chave:

paralisia facial, nervo facial, Cirurgião-Dentista

Resumo

Introdução: A paralisia facial periférica é uma lesão no trajeto de qualquer um dos segmentos do VII par de nervo craniano, o nervo facial. A lesão pode situar-se em qualquer nível do seu trajeto, acometendo os músculos de toda a hemiface ipsilateral à lesão. No quadro clínico observa-se movimentos incompletos e sincinesias dos movimentos da fronte, olhos, nariz e lábios. Dentre os inúmeros fatores etiológicos destacam-se as causas iatrogênicas decorrentes de procedimentos odontológicos. Objetivo: Investigar os tipos de procedimentos cirúrgicos realizados por cirurgiões-dentistas que mais predispõem ao desenvolvimento da paralisia facial periférica. Material e métodos: Este trabalho trata-se de uma revisão sistemática em bases de dados (Cochrane e PUBMED) onde foram incluídos os trabalhos científicos publicados na íntegra, correspondente aos últimos 10 anos e, excluiu-se os trabalhos sobre relatos de casos. Resultados: Com a utilização dos descritores em saúde como palavras-chave, foram incluídas 10 publicações que atenderam aos critérios elencados e, constatou-se que as cirurgias da articulação temporomandibular, (investigação artroscópica, artrocentese, reposicionamento de disco e heminectomias), cirurgias para redução de fraturas do arco zigomático, corpo e côndilos mandibulares e paratidectomias, foram as que mais evidenciaram relação com a paralisia facial periférica devido o trajeto do nervo percorrer ou transpor estas estruturas anatômicas. Além disso, observou-se que as lesões no nervo facial, decorrentes do processo cirúrgico, promovem repercussões negativas para a vida do paciente, mesmo que temporárias. Conclusão: Os acessos cirúrgicos realizados pelos cirurgiões-dentistas, para tratamento de disfunções que acometem o aparelho estomatognático traumáticos ou não, envolvem riscos iminentes para o desenvolvimento da paralisia facial periférica. Portanto, é imprescindível que estes profissionais reconheçam adequadamente a origem e, principalmente o trajeto que este par de nervo percorre afim de evitar possíveis danos e, principalmente minimizar os efeitos deletérios pós-cirúrgicos.

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Chuengue, E. K. U., Castilho, N. G. R., Lira, J. J., & Arrabaça, M. E. (2020). PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA DECORRENTE DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ODONTOLÓGICOS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(3), 50. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/398