IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES QUE INTERFEREM NA BAIXA COBERTURA DO RASTREIO DO CÂNCER DE COLO UTERINO ATRAVÉS DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE USUÁRIAS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Palavras-chave:
cobertura de serviços de saúde, colo do útero, neoplasias do colo uterino, programas de rastreamentoResumo
Introdução: Com aproximadamente 530 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres, ele é responsável por 265 mil óbitos por ano. A principal forma de detecção precoce do câncer de colo uterino é através da citopatologia oncótica. Porém, mesmo sendo um exame simples e de fácil realização, parte das mulheres não adere à realização e periodicidade do mesmo. Objetivo: O estudo tem como objetivo identificar os principais fatores que interferem na baixa cobertura do rastreio de câncer de colo de útero através das representações sociais das usuárias dos serviços públicos de atenção primária. Material e métodos: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa, realizado no segundo semestre de 2019, em uma Unidade Básica de Saúde no município de Colatina-ES, através de um questionário semiestruturado. Em seguida procedeu-se a análise de conteúdo temático e a formação de wordcloud pelo software IRaMuTeQ versão 0.7 Alpha 2. Resultados: Participaram da amostra 39 respondentes com a idade média de 45,3 anos. Em relação à percepção social das mulheres entrevistadas sobre o preventivo construiu-se a árvore máxima de análise de similitude, de forma que as evocações principais sobre a temática central “preventivo” se estruturam no elemento “prevenir”. Foi avaliada a representação social sobre o câncer de colo de útero pela análise das falas das entrevistadas, sendo os resultados apresentados mediante uma nuvem de palavras, tendo foco principal no termo “doença”. Identificou-se no estudo também que os principais motivos da não realização e não adesão ao exame citopatológico estão relacionados a medo, vergonha e tabu, desinformação e desinteresse. Conclusão: Resta admitir que é essencial a implementação de ações de educação em saúde dentro da ESF para adequar os conhecimentos das usuárias dos serviços públicos.
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