HÁBITOS DE VIDA DE HIPERTENSOS E PREDISPOSIÇÃO PARA DOENÇA RENAL CRÔNICA
Palavras-chave:
Hipertensão, Insuficiência Renal Crônica, Promoção da saúdeResumo
Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada por anormalidades estruturais ou funcionais dos rins, por um período igual ou superior a três meses. É uma patologia silenciosa e o seu diagnostico tende a ser mais tardio. Um dos principais fatores de risco para o seu desenvolvimento é a hipertensão arterial sistêmica, portanto a detecção precoce e o rastreio dos fatores de base são de extrema importância para reduzir a incidência de DRC. Objetivo: Identificar hábitos de vida e características de saúde que sejam fatores de risco para desenvolvimento de DRC em pacientes hipertensos. Material e métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, com caráter transversal descritivo a partir do projeto de pesquisa intitulado: Prevenção da doença renal crônica com pacientes hipertensos e diabéticos no município de Belo Jardim-PE, realizado no período entre agosto e dezembro de 2019, compreendendo uma amostra populacional de 107 pacientes hipertensos em 9 Unidades Básica de Saúde da zona urbana. Para coleta dos dados, utilizou-se um instrumento com perguntas sociodemográficas e de saúde e coleta de medidas antropométricas. Foi aprovado sob número de parecer 3.461.955. Resultados: Observa-se que dentre os participantes, 17,4% relataram consumir bebida alcóolica semanalmente, 39,8% eram tabagistas e 58,7% era totalmente sedentários. Ao avaliarmos o índice de massa corpórea, apenas 11% desses estavam com o peso adequado, estando 40,4% com sobrepeso e 48,6% com algum grau de obesidade. É preocupante observar nessa população tais hábitos de vida, pois o elo inicial da cadeia de hábitos nocivos à saúde talvez seja a inatividade, que é alta nesses indivíduos. Associa-se a mesma a ingestão de alimentos industrializados, ricos em gorduras saturadas, açúcares e sal, que causam obesidade e dislipidemias, o que predispões a complicações como a DRC. Conclusão: Existe uma necessidade iminente de realizar educação em saúde voltada para esse grupo de risco para DRC, os quais geralmente não possuem informações relacionadas ao desenvolvimento da doença. Do mesmo modo é imprescindível fornecer orientações capazes de nortear a realização do autocuidado, tais como melhorar hábitos de vida, com a finalidade de tornar possível a prevenção e redução dos crescentes números de sujeitos acometidos por esta complicação.
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