EMULSÃO ENRIQUECIDA COM FRAÇÃO CLOROFÓRMICA DA ENTRECASCA DE Poincianella pyramidalis (TUL.) L.P. QUEIROZ POTENCIALMENTE ANTIMICROBIANA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3389Palavras-chave:
Poincianella pyramidalis, emulsão, antimicrobianoResumo
Introdução: Com o aumento da resistência de alguns micro-organismos aos antibióticos convencionais e consequente escalada de complicações na saúde humana devido a essas infecções, tem-se buscado investimento em pesquisa e tecnologias no combate à resistência antimicrobiana, com isso, muita atenção tem se dado as fontes vegetais. A Poincianella pyramidalis, planta do presente estudo, em outras ocasiões, apresentou atividade antimicrobiana frente a cepas de Staphyloccocus aureus multirresistentes, além de fungos Candida albicans e Cryptococcus neoformans. Essa atividade está possivelmente ligada à alta concentração de alguns metabólitos secundários como os compostos fenólicos. Entretanto a literatura mostra que sua atividade antimicrobiana contra bactérias gram negativas não tem tido tão bons resultados. A fim de otimizar essa ação buscam-se meios de veicular a fração vegetal para uma possível utilização na farmacoterapia. Com isso as emulsões são sistemas bifásicos formados por uma fase aquosa e outra oleosa equilibradas por um tensoativo, elas atuam como transportadores, melhorando a estabilidade e distribuição do princípio ativo em seu sítio alvo. Objetivo: O presente trabalho buscou incorporar a fração clorofórmica da entrecasca da P. pyramidalis (FCLec) em um sistema emulsionado (O/A) a fim de melhorar sua ação frente a cepas de Staphyloccocus aureus e Escherichia coli. Material e Métodos: A FCLec foi obtida por maceração a frio com etanol 80% e particionada com clorofórmio, em seguida incorporada, 50mg/ml, à emulsão O/A, formada por Tween 80 e Propilenoglicol, proporção 2:1 (tensoativo/cotensoativo) a 81 %, água a 10% e ácido oleico a 9%. Para atividade antimicrobiana utilizou-se teste de difusão em discos e a concentração Inibitória mínima (CIM). Já para caracterização da emulsão utilizou-se Índice de polidispersão (IPD) e potencial zeta (pZ). Resultados: A FCLec não foi significativamente ativa contra micro-organismos testados. A caracterização da emulsão mostrou um IDP de 0,25 e 0,12 e PZ de -13,1 e -6,2 sugerindo mais homogeneidade (IDP) mas menor estabilidade (PZ) quando comparada à emulsão inerte (sem FCLec) respectivamente, a emulsão incorporada também não surtiu efeito para nenhum dos microorganismos testados. Conclusão: São necessários novos estudos a fim de produzir formulações que interajam de forma mais efetiva, uma vez que a FCLec teve atividade inferior quando incorporada à emulsão.
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