IMPACTO DOS FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO VOLUME EXCISADO DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL COM LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3357Palavras-chave:
Neoplasia intraepitelial cervical, câncer cervical, colo uterino, rastreamento do colo uterino, PapanicolaouResumo
Introdução: O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do papilomavirus humano (HPV), trans-mitido sexualmente. As lesões precursoras no tecido intraepitelial precedem por décadas o desenvolvimento de um câncer invasivo. Exames de rastreamento possibilitam a identificação e tratamento destas lesões precursoras sendo a exérese da zona de transformação (EZT) o principal método utilizado para o tratamento. Esta técnica é eficaz, porém quando empregada em mulheres em idade fértil sem prole constituída pode comprometer o sucesso de gestações fu-turas. Objetivo: avaliar o impacto de fatores de risco como a idade, o tempo entre sexarca (o início da vida sexual) e EZT e o nu-mero de parceiros no volume de colo uterino excisado. Material e Métodos: Neste trabalho realizamos um estudo retrospectivo com análise de dados de 107 mulheres em idade fértil que foram submetidas a tratamento de neopla-sia intraepitelial cervical de alto grau (NIC 3) por EZT. Resultados: Mulheres acima de 30 anos apresentaram maior volume sendo que pior resultado foi do o grupo de faixa etária entre 31 e 35 anos apresentou média de volume de 4.86 cm3 (p=0.016), diferença significativa comparando ao grupo de mulheres com menos de 25 anos. O período entre sexarca e a EZT acima de 15 anos apresentou forte relação com volumes de colo uterino excisado acima de 3 cm3 (p=0.0002). O número de parceiros não apresentou nenhum impacto significativo no volume de colo uterino excisado. Conclusão: O rastreamento do colo do útero é um método preventivo efetivo que impactou positivamente o número de óbitos de mulheres por câncer cervical nas últimas décadas. Contudo, o super tratamento de lesões utilizando método de EZT é um motivo de preocupação, pois pode acarretar prejuízos obstétricos quando realizados em mulheres de idade fértil sem prole constituída. Portanto, fatores como idade, prole e risco de progressão devem ser analisados com cautela antes da utilização desta técnica.
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