IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMUNOSSENESCÊNCIA

Autores

  • Catharina Mello Barreto
  • Giovana Meriguete Brambati
  • Daniel Schneider de Pinho Silva
  • Brittany Campanhole Carrancho

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3330

Palavras-chave:

EXERCÍCIO FÍSICO, IMUNOSSENESCÊNCIA, INFLAMAÇÃO

Resumo

Introdução: O acúmulo de danos oxidativos gera uma instabilidade genômica, culminando com a imunossenescência, que é caracterizada por um aumento de citocinas pró-inflamatórias e desregulação dos linfócitos T. Clinicamente, isso provoca uma maior suscetibilidade a infecções, reativação mais frequente de vírus latentes, diminuição da eficácia de vacinas e aumento da prevalência de autoimunidade e câncer. Nesse contexto, a atividade física atua como modulador do processo de envelhecimento. Objetivos: O presente estudo visa sintetizar os mecanismos da atividade física na prevenção da imunossenescência e suas complicações. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa, baseada na plataforma PubMed. Utilizou-se os descritores “Exercise”, “Immunosenescence” e “Inflammation” e foram selecionados textos completos, em português e inglês,  publicados nos últimos 5 anos. Os artigos foram analisados e os que não trataram diretamente do tema ou não abordaram o contexto, foram descartados, sendo selecionados 11 artigos no total. Resultados:  Com a senescência, há um aumento de células TCD8+ em relação às TCD4+. Este fenômeno predispõe uma imunossupressão e maior risco imunológico. Ademais, o encurtamento dos telômeros com a idade causa disfunção, principalmente de células T. Esses fatores constituem um perfil pró-inflamatório no idoso.  A contração muscular e o aumento do metabolismo estimulam a produção de miocinas, principalmente IL-6, que tem potencial anti-inflamatório, bloqueando, assim, vias pró-inflamatórias. Além de propiciar um ambiente menos inflamatório, a atividade física também minimiza o acúmulo de lesões celulares por aumentar o reparo do DNA e aumentar os telômeros, que protegem o DNA na divisão celular, reduzindo a mutação e disfunção celular relacionada à idade. O exercício físico ainda previne a perda de massa e força muscular, promovendo maior longevidade e melhor qualidade de vida.  Em geral, a atividade física promove a recirculação das principais células imunes, favorecendo um estado anti-inflamatório e antioxidante através de múltiplos mecanismos. Nesse âmbito, o exercício contraria os elementos dos processos das doenças crônicas, caracterizadas em parte por alta inflamação, estresse oxidativo e disfunção imunológica. Conclusão: O exercício atua através de diversos mecanismos, diminuindo a inflamação crônica. Conclui-se, portanto, que a atividade física é uma grande aliada na redução da senilidade, contribuindo para o envelhecimento saudável.

Publicado

2022-03-16

Como Citar

Barreto, C. M. ., Brambati, G. M. ., Silva, D. S. de P. ., & Carrancho, B. C. . (2022). IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMUNOSSENESCÊNCIA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 382. https://doi.org/10.51161/rems/3330

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional