RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO: REFLEXÃO SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3316Palavras-chave:
CÂNCER DE COLO UTERINO, PANDEMIA, RASTREAMENTO, COVID-19Resumo
Introdução: O Câncer de Colo Uterino (CCU) é o quarto tipo câncer mais comum no mundo e o terceiro mais comum no Brasil. A estratégia de rastreamento adotada no Brasil é a citologia oncótica, o exame citopatológico deve ser realizado anualmente em mulheres a partir dos 25 anos que já tenham iniciado a vida sexual até os 64 anos. O exame consiste em uma uma medida preventiva eficaz que pode reduzir a incidência, a morbidade e a mortalidade. No contexto da pandemia ocasionada pela Covid-19, houve sobrecarregamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e interrupção de vários tipos de serviços, comprometendo inclusive os aqueles ofertados a população no que tange a política de rastreamento para o CCU. Objetivo: Refletir acerca do impacto da pandemia da Covid-19 no rastreamento do câncer de colo uterino Material e métodos: Estudo reflexivo, embasado na formulação discursiva sobre o impacto da pandemia dentro do contexto do rastreio de CCU Resultados: A Covid-19 afetou todos os aspectos da vida humana, desorganizando os sistemas de atenção à saúde globalmente. A pandemia mudou significativamente a forma como a atenção ambulatorial é prestada nos serviços de saúde. Para reduzir os riscos de transmissão do vírus, seja para as pessoas usuárias, seja para os trabalhadores de saúde, os prestadores de serviços adiaram consultas eletivas ou converteram consulta presenciais em consulta por telessaúde, ocasionando redução substancial nos cuidados de saúde preventivos. Estudos realizados no Brasil revelaram que os principais procedimentos para o diagnóstico dos cânceres tiveram redução significativas, dentre eles, a biópsia e o exame citopatológico cervico vaginal. Houve queda de aproximadamente 38,22% no número total de biópsias, quando comparados os meses de março a dezembro de 2019 e 2020. Também houve queda de 50,22% na realização do exame citopatológico cervico vaginal para diagnóstico de CCU entre os meses de março a dezembro do ano de 2020 quando comparado com o ano de 2019 Conclusão: O atraso no diagnóstico provavelmente terá consequências significativas para a saúde pública, efeitos deletérios de longo prazo sobre a morbidade e mortalidade.
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