HISTOLOGIA DO TUMOR DE WILMS E SEU IMPACTO NO PROGNÓSTICO DA DOENÇA

Autores

  • Eduardo Von Muhlen Colini Gonçalves
  • Valentina Lima Cartaxo Da Silva
  • Vinicius Von Muhlen Colini Gonçalves

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3211

Palavras-chave:

ANAPLASIA, NEFROBLASTOMA, TUMOR DE WILMS

Resumo

INTRODUÇÃO: O Nefroblastoma, também conhecido como Tumor de Wilms, é o tumor renal mais prevalente na infância. Possivelmente causado pelo desenvolvimento anormal das células renais, apresenta proliferação do blastema metanéfrico com diferenciação tubular e glomerular de forma errônea. A histologia é fator determinante para seu prognóstico. OBJETIVOS: Compreender a alteração histológica no Nefroblastoma e sua utilização para determinação do prognóstico. METODOLOGIA: Revisão de literatura realizada nas bases de dados SCIELO, PUBMED, UpToDate e em livros técnico-científicos. RESULTADOS: Macroscopicamente, o Tumor de Wilms consiste em uma grande massa delimitada que, quando seccionada, possui apresentação parda/cinzenta, com possíveis focos hemorrágicos, necrose e cistificações, além de superfície flácida e uniforme. Enquanto isso, microscópicamente,  possui três tipos celulares.  As células blastêmicas indiferenciadas possuem núcleo arredondado, homogêneo, hipercromático, com cromatina fina e citoplasma escasso, podendo ser encontradas em grupos tridimensionais ou isoladas. Já as células estromais são mais periféricas e apresentam núcleo aumentado e oval, com pouco citoplasma. Além disso, há assimetria em sua distribuição na zona central. As células epiteliais formam túbulos e glomérulos através do processo de maior diferenciação celular. A histologia do tumor é fator preponderante para a classificação de risco pelo protocolo da Société Internationale d’Oncologie Pédiatrique (SIOP), que relata  piora do prognóstico quando há presença de anaplasia, ou seja, perda de diferenciação, organização e função específica da célula. Na anaplasia do nefroblastoma há reconhecimento histológico de núcleos pelo menos três vezes maiores que os das células tumorais adjacentes, hipercromáticos e irregulares, com mitoses multipolares e inequívocas. Ademais, a anaplasia possui relação com a resposta quimioterápica, necessitando ser classificada em focal - confinada a um ou mais focos delimitados do tumor - ou difusa - não localizada e/ou além da cápsula renal. Dentro da classificação de risco da SIOP, o nefroblastoma sem anaplasia ou com anaplasia focal possui risco intermediário, enquanto o nefroblastoma com anaplasia difusa é considerado de alto risco. CONCLUSÃO: O Nefroblastoma apresenta uma citoarquitetura peculiar, tendo células em diferentes graus de diferenciação. A anaplasia interfere diretamente em seu prognóstico, sendo o estudo patológico e histológico de extrema importância para a escolha do tratamento adequado.

Publicado

2022-03-09

Como Citar

Gonçalves, E. V. M. C. ., Silva, V. L. C. D. ., & Gonçalves, V. V. M. C. . (2022). HISTOLOGIA DO TUMOR DE WILMS E SEU IMPACTO NO PROGNÓSTICO DA DOENÇA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 28. https://doi.org/10.51161/rems/3211

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Histologia e Embriologia Humana