USO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DURANTE A GESTAÇÃO

Autores

  • Edivan Lourenço da Silva Júnior
  • Luisa Fernanda Camacho Gonzalez

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3207

Palavras-chave:

FITOTERAPIA, GRAVIDEZ, TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS

Resumo

Introdução: A gestação é um período marcado por mudanças significativas na saúde da mulher, em relação ao corpo, metabolismo e fisiologia. Nesta fase são frequentes o aparecimento de sintomas como: desconforto, náuseas, vômitos e constipação intestinal. Ademais o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos podem influenciar na saúde fetal. Objetivo: Analisar o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos e suas consequências durante a gestação humana. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica através das bases de dados científicos Scielo, PubMed, LILACS e Google Acadêmico, considerando-se publicações de artigos dos últimos cinco anos. Resultados e discussão:  A análise da literatura aponta que condições socioeconômicas e demográficas, além de aspectos emocionais continuem importantes fatores de escolha destes produtos pelas gestantes. Neste contexto, conforme a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), tais produtos devem apresentar comprovada eficácia e segurança, inclusive para o uso durante a gravidez e lactação. Contudo, devido à complexidade do seu perfil fitoquímico e farmacológico, é recomendável cautela em sua utilização, pois a literatura científica é escassa e contraditória em relação à toxicidade. Desta forma, é fundamental que sejam fornecidas informações sobre a procedência e identificação destes produtos, partes da planta a serem utilizadas, modos de coleta, conservação e preparo e períodos de tratamento, além de alertas sobre riscos de toxicidade, contraindicações e interações medicamentosas. Entre as espécies que devem ser evitadas, conforme o Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira, se encontram: a calêndula (Calendula officinalis); pelo seu efeito uterotônico, o boldo-do-chile (Peumus boldus), devido à presença da esparteína, alcaloide com atividade ocitócica e o trevo-vermelho (Trifolium pratense), pelo risco de prolapso uterino. O feno grego (Trigonella foenum-graecum) também é contraindicado por alguns autores pela possibilidade de provocar anomalias congênitas. Conclusão: Conclui-se que devem haver estudos científicos mais aprofundados sobre a utilização de plantas medicinais durante a gravidez, visando a segurança, eficácia e o uso racional. Esta temática merece também a atenção dos profissionais de saúde, órgãos reguladores e comunidade acadêmica, objetivando uma melhor informação e contribuição para um emprego correto de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos.

Publicado

2022-03-09

Como Citar

Júnior, E. L. da S. ., & Gonzalez, L. F. C. . (2022). USO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DURANTE A GESTAÇÃO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 24. https://doi.org/10.51161/rems/3207

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Histologia e Embriologia Humana

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