O DESPREPARO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO LGBTQIA+
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3181Palavras-chave:
ASSISTÊNCIA, ENFERMAGEM, LGBTQIA , MINORIAS, SAÚDEResumo
Introdução: A falta de incorporação das minorias sexuais e de gênero nos serviços de saúde está diretamente relacionada ao preconceito e discursos de ódio ainda presentes na sociedade brasileira. Nesta perspectiva, torna-se relevante ressaltar que, mesmo após a criação da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSI- LGBT), em 2011, persistem barreiras para legitimar o pleno direito à saúde desta população. Objetivos: Identificar os fatores que distanciam as minorias sexuais e de gênero dos serviços de saúde. Material e métodos: O estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, na qual os materiais foram previamente selecionados em revistas acadêmicas e congressos de enfermagem, em seguida, os dados obtidos foram analisados e sintetizados. Resultados: Observou-se que há o comprometimento da assistência à saúde da população LGBTQIA+, isso se dá pela falta de preparo profissional e a ineficiência de políticas públicas que possibilitem a inserção dessa comunidade em unidades de saúde. Nesse contexto, é válido afirmar que a Lei Orgânica de Saúde n° 8.080/1990 contribuiu para ampliar o conceito de saúde, dessa forma os determinantes sociais foram incluídos, dentre estes, o acesso aos serviços de saúde foi um dos elementos acrescentados. Nesse sentido, por ser um grupo vulnerável, há barreiras que distanciam este público dos serviços de saúde, como: medo ou vergonha de possíveis retaliações, desconhecimento sobre as políticas, falta de legitimação do direito de acesso, discriminação em casos de homofobia, preconceito e racismo, crimes de ódio e estigmatização sobre HIV/AIDS. Em virtude disso, a PNSI-LGBT foi instituída para fomentar a proteção destes indivíduos conforme as demandas por atendimentos mais integrais e equânimes. Nesse cenário, o enfermeiro pode intervir através da elaboração de planos de ações assistenciais para qualificar a equipe de saúde, no intuito de melhorar o acolhimento e atenção à saúde da população LBGTQIA+. Conclusão: Um principal fator contribuinte para a assistência inadequada da população LGBTQIA+ é o desconhecimento dos profissionais a respeito da sexualidade humana. Portanto, faz-se necessário uma educação permanente dos enfermeiros a respeito do tema, para que estejam preparados para acolhimento e atendimento em todas as complexidades.
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