INFLUÊNCIA DA ANSIEDADE NA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHO DE POLICIAIS MILITARES
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3077Palavras-chave:
ANSIEDADE, QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE DO TRABALHADORResumo
Introdução: a saúde do trabalhador vem se tornando uma preocupação constante devido aos riscos ocupacionais que estão sendo expostos. Os policiais militares por vivenciarem situações de riscos e terem uma rotina de serviço desgastante estão mais propensos a desenvolver doenças, sejam físicas ou emocionais. Desse modo, esses fatores podem influenciar negativamente a qualidade de vida no trabalho desses profissionais. Objetivo: verificar se os fatores sociodemográficos, ocupacionais e de ansiedade estão associados a qualidade de vida insatisfatória no trabalho de policiais militares das companhias independentes de policiamento especializado. Método: estudo censitário, de corte transversal, ocorrido no primeiro e segundo semestre de 2019, nas companhias independentes de policiamento especializado, de três municípios baianos. Foi utilizado um questionário padronizado, contendo três blocos de questões com informações gerais sobre características sociodemográficas e ocupacionais; qualidade de vida no trabalho; inventário de ansiedade traço-estado. As associações ajustadas foram analisadas por meio de regressão de Poisson com variação robusta. O estudo atendeu à Resolução Nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Brasil (CAAE: 78682017.4.0000.0055, parecer nº. 2.346.591). Resultados: a idade média foi de 39,3 anos (DP=10,6; Mín.=25 e Máx.=49), predominando faixa etária de ≤ 40 anos (54,0%), casados/com companheira (63,1%), ensino superior (62,1%). Com relação a característica ocupacional verificou-se o tempo de polícia ≤ 15 anos (55,7%), trauma durante o trabalho (67,8%). Evidenciou-se associação estatisticamente significante entre os e policiais com 40 anos ou mais de idade com a qualidade de vida no trabalho insatisfatória (p-valor = 0,001), identificou-se também associação do nível alto de ansiedade traço e o aumento de três vezes a qualidade de vida no trabalho insatisfatória (RP:3,14). Conclusão: evidenciou-se associação entre a ansiedade com a qualidade de vida no trabalho insatisfatória, sendo constatado a influência negativa em relação a percepção de qualidade de vida no trabalho, comprometendo a saúde física quanto mental.
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