IMPLICAÇÕES NA SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES AUTISTAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3011Palavras-chave:
ADOLESCENTES, CRIANÇAS, TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, COVID-19Resumo
Introdução: Visando a prevenção da COVID-19, a Organização Mundial da Saúde recomenda diversas medidas a serem adotadas no período pandêmico, como uso de máscaras e o distanciamento social. Tendo em vista que o Transtorno do Espectro Autista se caracteriza por padrões restritos e repetitivos de comportamento, para esse núcleo, adaptar-se à nova realidade imposta pela pandemia pode ser um desafio, sobretudo para crianças e adolescentes, em razão das mudanças e da quebra da estabilidade cotidiana, além da adesão de novos padrões higiênicos. Objetivos: Discorrer, com base na literatura científica, sobre implicações na saúde mental de crianças e adolescentes evidenciadas pela pandemia da COVID-19. Material e Métodos: Revisão integrativa de artigos originais acessados em bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde por meio da conjugação dos descritores: “transtorno do espectro autista”, “crianças” e “adolescentes”. A coleta de dados ocorreu em outubro de 2021 e incluiu artigos publicados entre 2020 e 2021, nos idiomas português e inglês. Foram excluídos do estudo artigos pagos e que não se adequaram à questão de pesquisa. Resultados: Após a aplicação de critérios de filtragem, 7 publicações foram selecionadas para compor o estudo. A partir de uma leitura analítica, foi possível observar que as singularidades adstritas ao transtorno autístico tornam esse público mais suscetível às consequências da crise sanitária vigente, sejam elas psicológicas ou até mesmo associadas a contaminação, visto que pode haver uma dificuldade de compreensão da necessidade das medidas de proteção. Conclusão: Durante a pandemia, crianças e adolescentes autistas podem sentir o impacto do cerceamento das relações sociais, além da potencialização do estresse quanto às atividades escolares, aumento da ansiedade e inquietação devido a alterações na rotina. Além disso, uma parte desse núcleo pode apresentar resistência ao uso de máscara e hiperfoco nos assuntos relacionados ao coronavírus. A realização do estudo exorta a reflexão de que tão importante quanto buscar mitigar as sequelas físicas da COVID-19, é fulcral atentar à saúde mental do público infantojuvenil autista no período pandêmico.
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