CONSUMO DE ÁLCOOL E TABAGISMO COMO PREDITORES DE COMPORTAMENTOS DE RISCO NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO NARRATIVA

Resumo

Introdução: A adolescência é uma fase que exige diferentes modos de pensar e fazer saúde, visto que a maioria dos agravos que ocorrem nesta faixa etária decorre de comportamentos que colocam os adolescentes em situação de vulnerabilidade. Na busca por autoafirmação e autonomia, o adolescente pode encontrar inicialmente no álcool e, posteriormente em outras substâncias, como o tabaco, a falsa sensação de fuga e resolução de seus problemas. A iniciação precoce destas substâncias tem relação direta com níveis elevados de uso e abuso na idade adulta e repercussões biopsicossociais. Objetivo: Analisar o conhecimento científico produzido nos últimos cinco anos, relativos ao consumo de álcool e tabagismo como fatores preditores de comportamentos de risco na adolescência. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com busca bibliográfica desenvolvida a partir da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em periódicos nacionais, disponíveis nas bases de dados: LILACS, MEDLINE e SCIELO. A busca ocorreu de agosto a outubro de 2021, e estabeleceu como critério de seleção de artigos a delimitação temporal de publicações entre 2017 e 2021. Resultados: Verificou-se que a precocidade do uso está associada a danos diversos, como doenças respiratórias e cardiovasculares, disseminação de infecções sexualmente transmissíveis, além de acidentes de trânsito, envolvimento em brigas e violência. Também foi identificado que o uso tem permeado inclusive o ambiente escolar, visto que em regiões de vulnerabilidade social pode haver venda de substâncias ilícitas no entorno das instituições de ensino. Neste sentido, além das práticas de prevenção no ambiente escolar, também se faz necessária a oferta de melhor qualidade de vida a esse público por meio da garantia de acesso à saúde, a fim de contribuir com a modificação desta realidade social. Conclusão: O consumo de álcool e o tabagismo representam um desafio para a saúde pública, em decorrência da vulnerabilidade desta população e da relação do consumo com agravos biopsicossociais.