A PRESENÇA DE METAIS PESADOS NO LEITE HUMANO MATERNO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Introdução: O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança, no entanto alguns metais pesados bioacumulados no leite materno humano podem ser transmitidos ao lactente por intermédio da amamentação. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica para investigar as evidências científicas sobre a importância do aleitamento materno e de sua vulnerabilidade de ser acometido facilmente por contaminantes, como os metais pesados cádmio e chumbo, dentre outros aspectos específicos a ele relacionados. Material e métodos: Realizou-se uma busca de artigos científicos publicados nos últimos cinco anos na Biblioteca Virtual de Saúde. A busca eletrônica na base de dados resultou na identificação inicial de 13 estudos. Ao realizar a triagem desses trabalhos, utilizando os critérios de inclusão, compõe esse estudo um total de 2 artigos. Resultados: Foi possível observar que o local onde a mulher vive e a sua a dieta influenciam significativamente nos níveis de certos elementos do leite materno. Dentre os metais pesados conhecidos, os que mais se destacaram foram cádmio e chumbo. A taxa de detecção de cádmio e chumbo no leite materno foi maior em mulheres que residiam perto do local de descarte de lixo da cidade, em área industrial / mineração, com hábito de fumar e mulheres veganas, pois nessas situações esses metais estão presentes em maior concentração, seja no ar, na água, ou até mesmo no solo em que as participantes tiveram contato. Conclusão: Verificou-se a necessidade de pesquisas nessa área, visto que são escassos na literatura estudos relativos a esses resíduos (apenas 2 artigos), que podem estar presentes no leite, prejudicando, em concentrações elevadas, a saúde da lactante e do lactente, a longo prazo, por serem cumulativos no organismo. As concentrações médias ou máximas dos diferentes elementos inorgânicos analisados ​​no leite materno, ultrapassaram os limites máximos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os lactentes podem estar sujeitos ao efeito cumulativo de cádmio e chumbo. A prévia detecção de níveis elevados desses elementos e a necessidade de conscientização do problema embasam-se nos recursos fundamentais para a prevenção da intoxicação crônica do organismo humano.