OS DESAFIOS NA ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2885Palavras-chave:
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, PSICOLOGIA SOCIAL, SAÚDE COLETIVA, NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIAResumo
Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) surgiu em 1994 com a proposta de fortalecer os serviços desempenhados na Atenção Primária de Saúde (APS) orientada para práticas que visassem a aproximação da saúde para a população, estimulando a participação comunitária e possibilitando práticas interprofissionais. Em 2008 é instituído o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) com objetivo de ampliar o escopo de profissionais e, consequentemente, de práticas voltadas para a população adstrita alcançando um número maior de assistência. Dentre as possibilidades de composição da equipe há a inserção do profissional de psicologia. Essa união favorece o acesso da população aos serviços de psicologia, até então elitizada, e oportuniza aos psicólogos novos espaços de atuação e novas práticas. Porém, há algumas barreiras que limitam a atuação da psicologia tornando o tema importante para debate e reflexão. Objetivo: Analisar quais dificuldades limitam uma efetiva atuação psicológica na Atenção Básica. Material e métodos: Realizou-se uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL) em dois bancos de dados - Scielo e BVS. Para a seleção dos artigos foram utilizados os descritores “Psicologia”, “Sistema Único de Saúde”, “Estratégia Saúde da Família”. Foram incluídos artigos dos últimos 4 anos e em português. Do total de 31 resultados, somente 6 estavam incluídos. Resultados: Dificuldade de articulação de ações entre equipes, em especial com a equipe da ESF; Hegemonia da medicina; Ambivalência da alta demanda; inclusão precária nas políticas públicas de saúde; Pouco ou nenhum conhecimento sobre a função do NASF e das atribuições do psicólogo; Dúvidas sobre confecção do registro de prontuário coletivo. Conclusão: A inclusão da psicologia na APS é relativamente nova, e após mais de 10 anos, percebe-se pouco avanço, pois sua atuação ainda é vista com certo desconhecimento de atribuições, pouca autonomia e dificuldade de articulação de atuação interprofissional, muitas vezes subordinada a hegemonia médica. A psicologia segue em busca de sua identificação e reconhecimento na assistência à saúde básica. Conclui-se a partir disso que há necessidade de maiores estudos científicos que evidenciem as possibilidades de atuação da psicologia, além de os profissionais continuarem demonstrando a importância da profissão na prática do cotidiano.
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