PREVENÇÃO DE LESÃO EM PACIENTES ACAMADOS PÓS COVID-19 ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR (SAD)

Resumo

Introdução: Embora a maioria dos indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2 apresentem quadro clinico estável, cerca de 14% do público acometido podem desenvolver a forma crônica, sendo indicado suporte respiratório, e, 5% dos casos têm maior probabilidade para complicações graves da doença, com internações em unidades de terapia intensiva (UTI), o que pode resultar no aumento dos riscos para desenvolver lesão por pressão e por dispositivos médicos . Atenção Domiciliar (AD) é indicada para pacientes que estando em estabilidade clínica, mas precisa de cuidados temporários ou definitivos no leito, em seu lar, sendo assim AD é considerada a proposta mais indicada para a continuidade a saúde do indivíduo. A modalidade do serviço de Atenção à Saúde Integrada às Redes de Atenção à Saúde (RAS) é representada por um conjunto de atividades de prevenção e tratamento de patologias, reabilitação, paliação e promoção à saúde em domicílio, assegurando o seguimento do cuidado do paciente e sua família. Garantindo o previsto na lei orgânica N°8080/90 que dispõe sobre as atribuições das Política Nacional de Atenção Básica . Objetivo: O presente estudo tem como objetivo relatar a importância em incluir a família no processo de cuidado de indivíduos acamado, pós COVID-19 com lesão por pressão, acompanhando pelo enfermeiro e sua equipe em assistência domiciliar. Método: pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizada no serviço de atenção domiciliar, em um município do Estado Rio de Janeiro, no período de agosto a outubro de 2021. Resultado: Ao inspecionar a pele dos pacientes acamados foi observado que, existiam áreas hiperemiadas ou lesões em outros estágios. Realizada a inclusão da família no cuidado, ressaltando a importância da mudança de decúbito e a responsabilidade dos familiares nesse processo. A significativa melhora do aspecto e integridade da pele dos acamados, ratificou a necessária inserção da família enquanto corresponsáveis na prestação da assistência. Conclusões: concluímos que a assistência sistematizada é essencial, com avaliação clínica, planejamento do tratamento com planos de cuidados visando a prevenção e diagnóstico precoce. Infere-se que o trabalho do enfermeiro é a mescla do técnico e científico, como também, educativo.