BAIXA ADESÃO AO USO DE MEIA ELÁSTICA DE COMPRESSÃO GRADUADA NO TRATAMENTO DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2831Palavras-chave:
ADESÃO AO TRATAMENTO, INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA, MEIAS ELÁSTICAS DE COMPRESSÃOResumo
Introdução: A insuficiência venosa crônica (IVC) dos membros inferiores é uma patologia com maior incidência no sexo feminino e tem a sua prevalência aumentada conforme o avançar da idade. Sua fisiopatologia decorre de uma hipertensão venosa desencadeada por um funcionamento incompetente do sistema venoso, seja por refluxo nas válvulas venosas, obstrução ao fluxo ou a presença de ambos os fatores, que resultam em estase venosa. A base do manejo conservador da IVC consiste em terapia compressiva, como as meias elásticas de compressão graduada, que deve ser utilizada em qualquer estágio de progressão da doença. No entanto, esta é subutilizada para o tratamento da condição. Objetivos: Avaliar a adesão ao uso de meias elásticas de compressão graduada no tratamento da IVC, além de identificar os motivos da baixa aderência à modalidade terapêutica. Material e métodos: A elaboração desse trabalho foi fundamentada em quatro artigos das bases de dados PubMed, NCBI e Scielo. Para a seleção desses estudos foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde: “insuficiência venosa crônica”, “meias de compressão” e “adesão ao tratamento”. Resultados: O objetivo do uso de meias compressivas é proporcionar compressão externa para o membro e contrapor às forças hidrostáticas da hipertensão venosa, o que resulta em uma melhora importante dos sintomas associados, como edema, sensação de peso e cãibras. Apesar das evidências científicas de eficácia clínica, cerca de metade dos pacientes que tem indicação para terapia compressiva não o fazem por uma variedade de razões, como a falta de recomendação do tratamento pelos médicos, desconforto ao uso, estética, dentre outros. Vale ressaltar que nos estágios iniciais da doença, a terapia não é bem aceita pelos pacientes. Em uma análise de usuários do Sistema Único de Saúde, observou-se que apenas 55,8% dos pacientes faziam uso de meias compressivas e as principais justificativas para o desuso foram questão financeira (33,34%), dor (18%) e desconhecimento da necessidade do uso (12%). Conclusão: Embora haja evidências clínicas que comprovam a eficácia da terapêutica compressiva na IVC dos membros inferiores, o seu uso ainda é escasso devido a diversas variáveis, destacando-se principalmente a questão financeira dos pacientes.
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