A IMPORTÂNCIA DA INTERSETORIALIDADE PARA AS COMUNIDADES EM VULNERABILIDADE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2818Palavras-chave:
ATENÇÃO BÁSICA, COMUNIDADE EM VULNERABILIDADE, INTERSETORIALIDADEResumo
Introdução: O modelo de trabalho intersetorial tem se sobressaído no contexto da Atenção Básica no SUS, sendo reconhecido pelos profissionais como importante ferramenta de assistência integral que propicia a continuidade do atendimento. Ademais, emerge, para os gestores em saúde, a demanda de considerarem dificuldades de acesso aos serviços decorrentes de situações de vulnerabilidade na comunidade, as quais requerem atuação intersetorial para serem amenizadas. Objetivo: Identificar estratégias que podem ser utilizadas pelas equipes intersetoriais na organização para o trabalho em comunidades vulneráveis, assim como sua relevância e seu impacto social. Material e métodos: Adotou-se a revisão bibliográfica, buscando-se verificar, em artigos, as possibilidades utilizadas, as ferramentas e as técnicas usadas para inserção do trabalho das equipes intersetoriais nesse campo. Considerou-se a literatura publicada de 2016 a 2021, pesquisada na base de dados Periódico Capes, na língua portuguesa, considerando-se artigos revisados por pares. Os descritores de busca foram “atenção básica”, “intersetorialidade” e “comunidade vulnerável”, com emprego do operador booleano “and” entre os descritores. Resultados: Foram encontrados inicialmente 113 títulos. Desse total, selecionaram-se 37 deles para leitura. Os artigos foram selecionados a partir de leitura prévia do título e do resumo e agrupados conforme a similaridade da abordagem. Conclusão: A literatura evidencia, ainda, uma discussão que ora limita o público-alvo, ora restringe a área de atuação dos profissionais de saúde. Além disso, revela que há poucos trabalhos com direcionamento interdisciplinar mais voltado a comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A partir da interdisciplinaridade, foi observada uma maior eficácia na orientação em saúde para além do tratamento da doença, incluindo práticas sociais. Apesar do avanço em direção à intersetorialidade, ainda há uma tendência de divisão da saúde que prejudica a oferta de serviço, sobretudo para a população mais vulnerável. Diante disso, ponderou-se como recomendável o desenvolvimento de estudos que possam investigar como a intersetorialidade pode desempenhar um papel determinante na garantia de qualidade de oferta, acesso e usufruto no contexto da atenção primária em saúde para as comunidades em vulnerabilidade.
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