O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE EM SANTA CATARINA NO ANO DE 2020.
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2816Palavras-chave:
EPIDEMIOLOGIA, LEPTOSPIROSE, ZOONOSEResumo
Introdução: A leptospirose é uma zoonose de notificação compulsória, a qual é feita no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico da leptospirose em Santa Catarina, no ano de 2020, por meio de inspeção ao banco de dados do Ministério da Saúde (DATASUS). Material e métodos: Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, ocupação, local de residência e ocorrência, início dos sintomas e classificação final (cura /óbito). Resultados: No total, foram notificados 143 casos positivos de leptospirose, destes 125 foram confirmados laboratorialmente, 15 por critério clínico-epidemiológico e 3 com critério de confirmação não preenchido. Com relação a faixa etária, 56% dos acometidos estão entre 20 e 49 anos. No que concerne ao gênero, 91% são homens. Examinando os dados relativos à zona de infecção e residência dos pacientes, 42% dos casos ativeram origem em área urbana ou periurbana. Considerando o aparecimento dos primeiros sintomas, os meses de maior ocorrência da doença são janeiro e fevereiro, estando relacionado diretamente a elevação da precipitação pluviométrica, decorrente desta época do ano, propiciando, dessa forma, picos sazonais da enfermidade. Dos 143 casos positivos de leptospirose analisados, 123 evoluíram para cura, 3 para óbito e 17 não apresentam registro quanto a evolução. Sendo assim, apresentando uma letalidade de 2%, no período de estudo, inferior à média nacional que é de 10%. Conclusão: Constatou-se que a doença é preponderante em pessoa jovem, em idade laboral, sexo masculino, residente em área urbana. Se apresenta com maior ocorrência no verão, porém baixa letalidade. Ante o exposto, o sul do Brasil é considerado região endêmica para leptospirose, e Santa Catarina, tem apresentado números crescentes da enfermidade, o que demonstra a urgente necessidade de discutir estratégias voltadas a prevenção e controle desta zoonose. Este estudo apresentou informações relevantes sobre a leptospirose em Santa Catarina poderão ajudar na elaboração de políticas públicas que fortaleçam as medidas de prevenção desta doença no Estado. Existem diferenças entre os casos de leptospirose de Santa Catarina e do restante do país. Diante disso, políticas voltadas especificamente a realidade geográfica e econômica da região Sul do Brasil se faz necessário.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Multiprofissional em Saúde implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Multiprofissional em Saúde como o meio da publicação original. O conteúdo relatado e as opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.