O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE EM SANTA CATARINA NO ANO DE 2020.

Autores

  • Felipe Manoel Gimenez de Oliveira
  • Deyse Angelini
  • Debora Samira da Costa
  • Sabrina Fernandes Cardoso

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/2816

Palavras-chave:

EPIDEMIOLOGIA, LEPTOSPIROSE, ZOONOSE

Resumo

Introdução: A leptospirose é uma zoonose de notificação compulsória, a qual é feita no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico da leptospirose em Santa Catarina, no ano de 2020, por meio de inspeção ao banco de dados do Ministério da Saúde (DATASUS). Material e métodos: Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, ocupação, local de residência e ocorrência, início dos sintomas e classificação final (cura /óbito). Resultados: No total, foram notificados 143 casos positivos de leptospirose, destes 125 foram confirmados laboratorialmente, 15 por critério clínico-epidemiológico e 3 com critério de confirmação não preenchido. Com relação a faixa etária, 56% dos acometidos estão entre 20 e 49 anos. No que concerne ao gênero, 91% são homens. Examinando os dados relativos à zona de infecção e residência dos pacientes, 42% dos casos ativeram origem em área urbana ou periurbana. Considerando o aparecimento dos primeiros sintomas, os meses de maior ocorrência da doença são janeiro e fevereiro, estando relacionado diretamente a elevação da precipitação pluviométrica, decorrente desta época do ano, propiciando, dessa forma, picos sazonais da enfermidade. Dos 143 casos positivos de leptospirose analisados, 123 evoluíram para cura, 3 para óbito e 17 não apresentam registro quanto a evolução. Sendo assim, apresentando uma letalidade de 2%, no período de estudo, inferior à média nacional que é de 10%. Conclusão: Constatou-se que a doença é preponderante em pessoa jovem, em idade laboral, sexo masculino, residente em área urbana. Se apresenta com maior ocorrência no verão, porém baixa letalidade. Ante o exposto, o sul do Brasil é considerado região endêmica para leptospirose, e Santa Catarina, tem apresentado números crescentes da enfermidade, o que demonstra a urgente necessidade de discutir estratégias voltadas a prevenção e controle desta zoonose. Este estudo apresentou informações relevantes sobre a leptospirose em Santa Catarina poderão ajudar na elaboração de políticas públicas que fortaleçam as medidas de prevenção desta doença no Estado. Existem diferenças entre os casos de leptospirose de Santa Catarina e do restante do país. Diante disso, políticas voltadas especificamente a realidade geográfica e econômica da região Sul do Brasil se faz necessário.

Publicado

2021-12-17

Como Citar

Oliveira, F. M. G. de ., Angelini, D. ., Costa, D. S. da ., & Cardoso, S. F. . (2021). O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE EM SANTA CATARINA NO ANO DE 2020. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 60. https://doi.org/10.51161/rems/2816

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional

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