CARACTERIZAÇÃO DAS CAUSAS DE NÃO CONCRETIZAÇÃO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO ESTADO DE GOIÁS EM 2020

Autores

  • Beatriz da Matta Ambrósio
  • Fabrício Cândido de Almeida
  • Bruna Lays de Souza Lira
  • Micaella Renata Moresco
  • Arthur Sodré De Mendonça

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/2810

Palavras-chave:

TRANSPLANTE, DOAÇÃO, DESAFIOS

Resumo

Introdução: O transplante de órgãos é uma modalidade terapêutica reconhecida e bem instituída que promove aumento na expectativa de vida na maioria dos casos. O processo envolve múltiplas etapas, iniciando-se com a identificação de um potencial doador e a subsequente notificação à Central Estadual de Transplantes (CET). Nesse contexto, a autorização familiar é peça-chave e indispensável à efetivação da doação no país. No Brasil, em 2020, foram realizados 7.372 transplantes de órgãos sólidos, número 20% menor do que o correspondente ao ano de 2019 (9.217). Em Goiás, a queda foi ainda mais expressiva: de 30% no número de órgãos sólidos transplantados. Objetivos: Analisar as causas de não concretização da doação de órgãos e tecidos em Goiás, no ano de 2020. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo acerca dos índices de não concretização da doação de órgãos em Goiás. Os dados foram obtidos a partir da série histórica de doação de órgãos, publicada pela Central Estadual de Transplantes de Goiás, e do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), referentes ao período de janeiro a dezembro de 2020. Resultados:  Após a análise dos dados, evidenciou-se que apenas 23,18% das notificações de morte encefálica (ME) evoluíram para uma doação no ano de 2020 no estado de Goiás. Nesse contexto, os resultados atestam a negativa familiar como a maior causa da não efetivação da doação de órgãos, uma vez que essa representou 44,7% dos motivos de não concretização da doação. A segunda razão mais prevalente foi a contraindicação clínica (27,06%), seguida pelo não diagnóstico de morte encefálica (21,42%). No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a porcentagem de recusa familiar das entrevistas em 2020 foi de 37%. Conclusão: A partir dessa análise, constata-se a importância da recusa familiar para a manutenção do baixo percentual de doadores efetivos. A alta porcentagem da negativa é, em grande parte, resultado do desconhecimento a respeito do processo de doação. Urge, portanto, a necessidade de desenvolver e apoiar estratégias de comunicação em massa, bem como direcionadas para a população em idade escolar. 

Publicado

2021-12-17

Como Citar

Ambrósio, B. da M. ., Almeida, F. C. de, Lira, B. L. de S. ., Moresco, M. R. ., & Mendonça, A. S. D. . (2021). CARACTERIZAÇÃO DAS CAUSAS DE NÃO CONCRETIZAÇÃO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO ESTADO DE GOIÁS EM 2020. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 54. https://doi.org/10.51161/rems/2810

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional

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