SOFRIMENTO PSÍQUICO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Resumo

Introdução: O aumento de doenças crônicas tem sido considerado como um grave problema de saúde pública para o Brasil, responsáveis pelas principais causas de morte no país. Com o surgimento da pandemia da Covid-19, a sociedade passou por diversas mudanças afetando principalmente a saúde mental dos diabéticos de forma negativa, pois estes tiveram aumento ou presença de sinais e sintomas de ansiedade e depressão. Objetivo: Analisar o sofrimento psíquico em pessoas com diabetes mellitus durante a pandemia da Covid-19. Método: Estudo transversal, de abordagem quantitativa. Realizado com 111 participantes de duas Comunidades Virtuais (CV) do Facebook® voltadas ao diabetes mellitus. A coleta de dados ocorreu por meio de mensagens públicas postadas nos fóruns das CV escolhidas, através de formulário eletrônico disponível no período de agosto de 2020 à janeiro de 2021, contendo questões referentes ao sofrimento mental por meio da escala Self Report Questionnaire-20 (SRQ-20) e um questionário de caracterização da saúde dos participantes. A análise de dados foi realizada pelo software IBM SPSS®, versão 24.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CEP/UFPI), Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB) sob o parecer de nº 4.178.828. Resultados: Evidenciou-se que o sofrimento psíquico foi presente na população de estudo.  56,5 % afirmaram ter diagnóstico de transtorno mental, 50,0% fazem tratamento médico e psicoterápico, 36,7% afirmaram fazer dieta, 39,5% usam medicamento oral e 31,3% fazem uso de insulina. Em relação a atividade física, apenas 28,6% mencionaram realizar, 71,4% apresentavam complicações neurológicas em virtude da diabetes, 44,4% dos participantes não realizam acompanhamento no serviço de saúde, e dos que realizam acompanhamento 39,5% é com médico endocrinologista. Conclusão: Durante o período da pandemia da Covid-19 identificou-se a presença de sofrimento psíquico nas pessoas com diabetes mellitus. Assim, faz-se necessário que os serviços de saúde elaborem estratégias educativas, afim de garantir uma melhor qualidade de vida a estas pessoas.