NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA MALIGNA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2770Palavras-chave:
NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA MALIGNA, SÍNDROME CORONARIANA AGUDA, HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA, ANEMIA HEMOLÍTICA MICROANGIOPÁTICAResumo
Introdução Emergência hipertensiva em paciente jovem sem fatores de risco evidenciando a importância de abordagem sindrômica inicial e manejo após diagnóstico etiológico. síndrome coronariana aguda (SCA) é uma emergência hipertensiva comum no pronto socorro e de manejo bem documentado. Já a nefroesclerose hipertensiva maligna (NHM) é uma entidade clínica mais complexa e com diagnósticos diferenciais desafiadores que merecem reconhecimento precoce, tratamento e manejo adequado. Objetivo: Ressaltar a importância do atendimento da emergência hipertensiva, bem como elencar diagnósticos diferenciais importantes e a propedêutica necessária. Material e Métodos: Relato de experiência, partir de vivência com o atendimento da emergência hipertensiva complementado com revisão de literatura em base de dados como PUBMED e SCIELO. Resultados: 37 anos, sexo masculino, previamente hígido, relatava dor epigástrica recorrente há 3 meses, em aperto, e dispneia aos esforços. Apresentou perda ponderal de 5Kg nos últimos 3 meses, espumaria e períodos de turvação visual transitória com cefaléia recorrente. Admitido com hipertensão importante, dor epigástrica e o ECG evidenciava infra de ST e inversão de onda T em parede inferior, sendo diagnosticado inicialmente síndrome coronariana aguda sem supra de ST (SCASST). Marcadores de necrose miocárdica positivos e com curva ascendente. Iniciado protocolo de SCA e vasodilatador venoso com desmame gradual. Fundo de olho com papiledema bilateral, exames com anemia hemolítica microangiopática (AHMA) e disfunção renal grave. Assim, aventada também hipótese de nefroesclerose hipertensiva maligna (NHM), foi otimizado o tratamento do quadro hipertensivo. Evoluiu com piora progressiva de função renal. Durante a internação, manteve hipertensão de difícil controle. Iniciada diálise por piora das escórias (Cr 9,7 e Ur 221). Propedêutica inicial com dosagem sérica de aldosterona e atividade de renina plasmática elevadas, doppler de artérias renais sem estenoses, propedêutica para feocromocitoma e função tireoideana normal. A cinética do cálcio evidenciou hiperparatireoidismo secundário (HPTS) e, ao ultrassom, foram vistos rins reduzidos de tamanho, em estágio terminal, sendo iniciado o manejo de doença renal crônica e HPTS. Conclusão. Percebe-se que NHM apresenta importantes caractisticas complexas sendo necessário uum correto diagnostico e abordagem. Há uma diferenciação entre eles os casos citados, à exemploo, a propedêutica adequada e a rápida tomada de decisão, essenciais para a boa evolução do paciente e melhora do prognóstico, já que requerem tratamentos distintos.
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