DESAFIOS DA EQUIPE DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA ASSISTÊNCIA A CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Palavras-chave:
Estratégia Saúde da Família, Saúde da Criança, violência sexualResumo
Introdução: Segundo dados do Sistema de Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e Atendimento (SONDHA), no ano de 2018 foram registradas mais de 76 mil denúncias de violações contra crianças e adolescentes no Brasil; desse número, 11,22% eram referentes à violência sexual¹. A criação da campanha do Maio Laranja destina-se então a fomentar debates sobre o abuso sexual e exploração de crianças e adolescentes no país, que mostra-se ainda uma pauta preocupante nos dias atuais. Dentro dessa realidade, a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem sido uma importante força motriz no enfrentamento e prevenção da violência sexual infantil² e, apesar da elaboração de políticas que proporcionem um olhar humanizado e integral da equipe multiprofissional a esses menores, ainda possui desafios que interferem em uma assistência de maior qualidade a esse grupo. Objetivo: Reunir literaturas referentes aos desafios da equipe de ESF na assistência a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de produções científicas publicadas entre os anos 2012 e 2016 na plataforma Scielo e em periódicos de saúde nacionais. Resultados: A ausência de atuação intersetorial dos profissionais e instituições das redes de atenção³, o pacto de silêncio adotado pela família, a falta de capacitação da equipe de ESF no manejo e abordagem à criança e ao adolescente, a dificuldade na identificação do agressor e da agressão⁴ e a resistência de muitos profissionais ao atuar na promoção à saúde dentro desse hemisfério do abuso sexual de menores foram apontadas como alguns dos maiores desafios na assistência a essas vítimas. Conclusão: Reitera-se a importância da capacitação contínua da equipe de ESF, visto que esses profissionais, por atuarem diretamente com as vítimas e a família, possuem maiores condições de estabelecer uma rede de proteção e vínculo junto desses núcleos, o que facilita a identificação precoce das situações de violência sexual⁵. Além disso, evidencia-se o papel desses agentes na promoção e prevenção da saúde, a fim de devolver à criança o sentimento de infância e contribuir para o exercício pleno do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br