ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LINFOMA DE HODGKIN SUBMETIDO AO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

Introdução: O Linfoma de Hodgkin é um câncer originado nos linfonodos do sistema linfático, dividido em Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma Não Hodgkin (LNH) - baseado na presença de células Reed-Stenberg (RS) no LH. A maior parte dos casos de LH, ocorre quando a célula de defesa, linfócito B, desenvolve uma mutação em seu DNA. Acomete com maior frequência adultos jovens, 20 a 34 anos. Representa 19% dos casos de linfoma no Brasil e 10% dos linfomas no mundo.O Transplante de Medula Óssea é um processo de substituição da medula óssea doente ou lesada por uma medula óssea com função normal. Consiste na infusão, por via intravenosa, de sangue de medula óssea de um doador previamente selecionado a um receptor adequadamente condicionado. De acordo com a Sociedade Brasileira de TMO, há 3 tipos: 1. autogênico/autólogo: as células são do próprio paciente, 2. alogênico: doador e receptor são pessoas diferentes mas compatíveis, 3. singênico: as células são obtidas de um irmão gêmeo idêntico (homozigoto/univitelino), sendo perfeitamente compatíveis, com menores complicações, porém de incidência rara. Objetivo: Relatar um caso clínico a respeito da assistência de enfermagem a um paciente com Linfoma de Hodgkin, submetido ao TMO. Material e Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo relato de caso. Os dados utilizados foram coletados a partir da entrevista e exame físico de enfermagem, anotações em prontuário eletrônico e revisão da literatura. Resultados: Paciente de 33 anos, sexo feminino, internação eletiva na Enfermaria de Transplantes do Hospital das Clínicas de Botucatu, para realização de Condicionamento LACE e posterior TMO Autólogo. Foram elencados diagnósticos de enfermagem, como “Integridade da membrana mucosa oral prejudicada relacionado a quimioterapia evidenciado por hiperemia”, e suas respectivas intervenções e resultados esperados. Conclusão: Durante a assistência e as buscas na literatura, foi possível perceber que o enfermeiro tem um papel essencial no transplante de medula óssea, estando presente do início ao fim da infusão, avaliando o estado geral a cada instante e dando o suporte necessário. É um procedimento que requer conhecimento científico, destreza no manuseio da bolsa e dos materiais, além de uma escuta terapêutica.