BIOSSEGURANÇA NOS NECROTÉRIOS E NO SERVIÇO DE AUTÓPSIA

Autores

  • Patrick Conceição Pacheco

Palavras-chave:

biossegurança, cadáveres, EPIs, necrotérios, perícias

Resumo

Introdução: Os cadáveres podem atuar como vetores de uma pluralidade de doenças infecciosas que serão transmitidas no manejo e análise do material orgânico em decomposição, logo, discutir sobre biossegurança em necrotérios e no serviço de autópsia é dialogar sobre a saúde e a segurança dos diversos trabalhadores deste local insalubre, além de lhes proporcionar melhores condições ocupacionais. Este assunto também se faz necessário ao passo que os necrotérios são pouco explorados pela comunidade acadêmico-científica. Objetivo: Registrar os protocolos mais frequentes de limpeza e desinfecção dos necrotérios. Descrever a aplicação da biossegurança nos serviços de necrópsia; Identificar os equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados pelos técnicos nas autópsias; Colaborar como material bibliográfico para artigos forenses e de esterilização. Material e métodos: Revisão bibliográfica de livros, artigos científicos, periódicos e cartilhas. Resultados: Os protocolos de limpeza e desinfecção das câmaras mortuárias usualmente prescrevem a aplicação de saneantes habituais, como detergente, álcool e hipoclorito, somado a técnicas e movimentos específicos de limpeza que dependem do móvel a ser higienizado. Outrossim, os utensílios cirúrgicos conseguem uma porcentagem de esterilização quase perfeita quando expostos adequadamente aos agentes esterilizantes, evitando que ocorra a contaminação de um cadáver para o outro durante as análises forenses. Além disso, comprovou-se bibliograficamente que os EPIs são essenciais nas perícias e na garantia da biossegurança em necrotérios. Conclusão: Um gestor de necrotério que não investe em biossegurança põe em risco todo um grupo de pessoas que transitam pelo local, de técnicos a leigos. Tendo isso em vista, urge, portanto, a necessidade de frequentemente atualizar e testar a eficiência dos protocolos de limpeza e desinfecção, assim como os EPIs, para que haja biossegurança consciente e eficaz.

Publicado

2020-07-01

Como Citar

Conceição Pacheco, P. . (2020). BIOSSEGURANÇA NOS NECROTÉRIOS E NO SERVIÇO DE AUTÓPSIA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(2), 57. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/244