ZOONOSES TRANSMITIDAS POR PASSERIFORMES VÍTIMAS DE TRÁFICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2396Palavras-chave:
PASSERIFORME, TRÁFICO, INFECÇÃO BACTERIANA, ZOONOSE, SAÚDE PÚBLICAResumo
Introdução: Passeriformes são aves pequenas, conhecidos como passarinhos, reconhecidas pela presença de quatro dedos ao mesmo nível. Seu canto agradável e variação de cores atrai interesse pela criação doméstica, tornando-os importantes disseminadores de patógenos virulentos. Dentre as mais de 5.000 mil espécies destacam-se os curiós, canários e thraupidae como desejados pelos humano. Objetivo: Com este resumo objetivou-se identificar a zoonose mais frequente em aves vítimas de tráfico no Brasil e seus aspectos ambientais associados. Material e Métodos: O método adotado foi de revisão bibliográfica das publicações do Periódicos CAPES nos últimos dez anos, resultando na análise de cinco artigos. Resultados: A comercialização de passeriformes no Brasil, se dá principalmente pelo tráfico, que se configura ilegal no pais, conforme a lei nº 9.605/98, Art.º 29. Independente da ilegalidade, estudos apontam que cerca de 38 milhões de animais silvestres são vendidos como pets, aumentando os índices de mortalidade, transmissão de doenças e resistência de patógenos, muito motivado pelas péssimas condições higiênica-sanitárias, de captura e manejo, assim como o estresse submetidas. Dentre os cinco artigos analisados a Escherichia coli esteve como coadjuvante ou protagonista, dos agente etiológicos que permeiam essa atividade ilegal. Para os teóricos estudados é possível caracterizar a E. coli como a enterobactéria oportunista de maior impacto e relevância no trato de animais em cativeiro, sobretudo aves, associada a doenças sistêmicas, síndrome do saco aéreo e sepses. As quais possuem a capacidade de infectar humanos, causando lesões no epitélio intestinal, infecções urinárias e diarreia. Os passeriformes tem como padrão uma dieta granívora e frugívora, que lhes garante a competência da microbiota entérica para manter homeostase e balancear a ação de agentes patogênicos, como a E. coli, porém essa eficácia é anulada pelas condições da comercialização. Além do aumento da contaminação, é reconhecido o efeito na mutação desse agente em consequência do uso indiscriminado de medicação, elevando sua resistência antimicrobiana. Conclusão: Com o exposto conclui-se que o tráfico leva ao adoecimento, sofrimento e óbito das aves, desequilíbrio ecológico dos habitat que foram retirados e que podem ser inseridos, e problemas de saúde pública pelo adoecimento de seres humanos que entram em contato com animais infectados, principalmente por Escherichia coli.
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