ESTUDO SOBRE A MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2342Palavras-chave:
EPIDEMIOLOGIA, MORTALIDADE, INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIOResumo
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de óbito no Brasil. Apesar disso, ainda há na literatura escassez de estudos recentes quem mostrem esse panorama no país. Objetivos: Investigar os aspectos sociais, demográficos e epidemiológicos dos óbitos por infarto agudo do miocárdio no território brasileiro em um período de dez anos. Material e métodos: Estudo observacional, retrospectivo, de cunho quantitativo, com análise do período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019 acerca dos dados sociodemográficos e epidemiológicos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do SUS e dados populacionais no Brasil por meio do IBGE. Foi aplicada a estatística descritiva e análise de frequências relativa e absoluta. As variáveis utilizadas foram número total de casos no Brasil, óbitos por ocorrência, faixa etária, regiões brasileiras, cor/raça e sexo. Resultados: Com base no IBGE, o Brasil tinha cerca de 190.732.694 pessoas em 2010. Segundo os dados coletado no SIM, 962.537 pessoas faleceram em decorrência de IAM, tendo maiores registros nas regiões: 46,54% no Sudeste (n = 448.025), 27,33% no Nordeste (n = 263.096) e 14,72% no Sul (n = 141.774). Constata-se ainda que há prevalência de mortes acima de 80 anos representando 25,69% (n = 247.324) dos casos, decrescendo esse percentual de acordo com a regressão etária, sendo a segunda maior de 70 a 79 anos com 25,10% (n = 241.637) e a terceira maior de 60 a 69 anos com 23,31% (n = 224.410). Ademais, percebeu-se uma diferença relevante no número de óbitos segundo o sexo dos pacientes, apresentando 58,93% (n = 567.316) do sexo masculino, 41,04% (n = 395.115) do sexo feminino e 0,01% (n = 106) ignorados. No que se refere à cor/raça, constatou-se predomínio de casos entre os pacientes declarados brancos 53,92% (n = 519.084), apresentando menos número entre os declarados indígenas 0,17% (n = 329.197). Conclusão: Portanto, o presente estudo demonstrou que existe um risco relevante de morte nos homens brancos, principalmente após os 80 anos, na região sudeste. Dessa forma, é necessário o acompanhamento contínuo do mapeamento de casos, para promoção de saúde e prevenção da doença.
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