AVALIAÇÃO DE SAÚDE DOS PACIENTES DIABÉTICOS E RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA

Resumo

Introdução: A Diabetes Mellitus é uma comorbidade que, se não controlada, propicia o aparecimento de complicações, como a Doença Renal Crônica (DRC). O número de diabéticos tem aumentado, gerando grande preocupação aos sistemas de saúde, pois se sabe que os custos para o tratamento dessas complicações são altíssimos. Sabe-se que o controle da diabetes está associado a mudanças para hábitos de vida saudáveis. Visto isto, para se conter o agravamento da diabetes é importante conhecer as informações de saúde que possam indicar potencial risco de desenvolvimento para a DRC em populações suscetíveis, de modo a melhor direcionar as medidas preventivas. Objetivo: Descrever os aspectos ligados à saúde e de risco para o desenvolvimento da DRC em diabéticos. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e prospectivo. Participaram da pesquisa 65 pacientes diabéticos cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana no município de Belo Jardim-PE, maiores de 18 anos, que não tinham DRC e nem faziam terapia renal substitutiva. Realizou-se a coleta de dados através de entrevista sobre hábitos de vida e aferição de glicemia capilar e medidas antropométricas. Resultados: Observou-se dentre os participantes que apenas 10,9% estava com peso adequado e a maioria estava acima do peso conforme índice de massa corporal, em que 50% estava com sobrepeso e 39,1% com obesidade. Quando avaliados pela circunferência abdominal, apenas 12,3% apresentavam parâmetros adequados, que são < 88cm para mulheres e < 102cm. Ligado a isto, observou-se também que grande parte não pratica atividades físicas regularmente (59,4%) e 91,7% apresentaram glicemia capilar acima 99 mg/dl, porém somente 18,5% apresentaram glicosúria, indicando glicemia com valores acima de 200 mg/dl. Em relação ao risco de DRC avaliou-se a presença de proteinúria que é um indicador precoce de lesão renal, sendo o teste positivo em 25% dos indivíduos. Conclusão: Não há nessa população um bom controle de fatores de risco modificáveis, sendo necessário implementar ações educativas para melhorar os hábitos de vida dessa população visando à prevenção de complicações de saúde, como a DRC, melhorando a qualidade de vida e promovendo saúde nessa comunidade no âmbito da atenção básica.