ANÁLISE IN SILICO DE MICRORNAS PRESENTES EM SNORNAS EM AMOSTRAS DE PACIENTES COM CÂNCER DE PÊNIS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2339Palavras-chave:
CÂNCER DE PÊNIS, IN SILICO, MICRORNAS, SNORNAS, TUMORIGÊNESEResumo
Introdução: O câncer de pênis (CP) é uma neoplasia rara que apresenta elevada incidência no Brasil, em especial no Maranhão, e os mecanismos genéticos que desencadeiam este tumor ainda são escassos, a identificação das funções dos snoRNAs, poderá contribuir no entendimento deste câncer de forma mais abrangente, estudos recentes revelam que os snoRNAs teria funções não–canônicas, como: regular a estrutura da cromatina, ser precursor de miRNAs e piRNAs, splicing alternativo, mediadores de estresse oxidativo, além de outras funções desconhecidas. Objetivos: Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar, através de ferramentas in silico, as funções canônicas e não canônicas dos snoRNAs expressos em amostras de pacientes com câncer de pênis. Materiais e Métodos: Os dados para este tipo de tumor são referentes a análise de array realizado por meio da plataforma Affymetrix. Para a identificação dos microRNAs em snoRNAs foi utilizado a plataforma miRBase, e a análise ontológica de genes alvos e vias envolvidas com os microRNAs foram preditos usando bases de dados do miRBase, e da plataforma DIANA Tools. Resultados: Com isso identificamos 5 microRNAs (hsa-miR- 664b-3p, hsa-miR-664b-5p, hsa-miR-6516-3p, hsa-miR-6516-5p, hsa-miR-3651), onde a análise in silico revelou que esses microRNAs regulam 141 genes, entre eles estão: FUT9, OXSM, GALNT7, EXT1, PDE10A, NOS1AP, PAX6, ERBB4, PLN. Estes genes regulam vias como: biossíntese de glicoesfingolipídios, biossíntese de mucina tipo O-glicano, vias de sinalização que regulam a pluripotência de células-tronco e glioma. Conclusão: Podemos concluir que os microRNAs apresentam papel fundamental para a tumorigênese em CP, os dados demonstram a diversidade de funções dos microRNAs em snoRNAs, e a relação destas biomoléculas em vias que normalmente estão desreguladas em câncer, o estudo destas biomoléculas pode ajudar a elucidar o processo carcinogênico do câncer de pênis.
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