PERFIL ETIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NO PARÁ ENTRE 2010-2020
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2245Palavras-chave:
MENINGITE, EPIDEMIOLOGIA, NEUROLOGIAResumo
Introdução: A meningite é uma doença infecciosa caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o sistema nervoso. Das ocorrências de meningite no Brasil, a mais grave é a bacteriana que tem como agentes etiológicos principais, bactérias meningocócicas e pneumocócicas. No Sistema Único de Saúde (SUS) é ofertada a vacina contra o Haemophilus influenzae sorotipo B o que representa uma medida eficaz no combate aos casos da doença. No entanto, os casos diagnosticados são graves, representam um desafio no tratamento e podem evoluir para o óbito dos indivíduos. Objetivos: Investigar o cenário epidemiológico referente a etiologia da meningite no Brasil entre 2010 e 2020. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um estudo do tipo ecológico, de abordagem quantitativa, caráter descritivo e retrospectivo realizada no espaço temporal de 2010 a 2020 com base nos dados obtidos através do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Resultados: Entre os anos de 2010 e 2020 obteve-se um total de 4.424 casos de meningite no estado do Pará, desse total 1.290 casos são causados por Meningite Viral (MV) seguido por 1.099 casos causados por Meningite Bacteriana (MB), 655 casos causados por Meningite Não Especificada (MNE) e 439 casos causados por Meningite por outras etiologias (MOE). Os anos de 2017 e 2018, foram os anos com maior número de casos totalizando 506 e 515 casos, respectivamente. Desse total 179 foram causados por MV, seguido de 107 casos causados por MB, 73 por MNE e 41 por MOE; e em 2018 foram 126 casos causados por MV, 133 por MB, 82 por MNE e 45 por MOE. Conclusão: O acompanhamento do perfil etiológico da meningite deve ser considerado durante o diagnóstico, visto o melhor prognóstico dos indivíduos quando submetidos ao tratamento adequado para cada perfil da doença. Além disso, ressalta-se a importância do diagnóstico em tempo hábil e considerando-se o perfil epidemiológico dos indivíduos para que isso possibilite um melhor direcionamento das políticas de saúde pelas entidades governamentais, especialmente no que diz respeito aos neonatos e crianças, que representam os principais grupos de risco da doença.
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