SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA (SIM-P) PÓS COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2241Palavras-chave:
COVID-19, PEDIATRIA, CRIANÇA, PEDIATRICS, CHILDResumo
Introdução: o sistema imune das crianças é caracterizado pela resposta inata mais rápida e eficiente, tendo como consequência a diminuição da produção de citosinas inflamatórias que em quadros de Covid-19 podem ser um agravante, e raramente apresentam comorbidades. Alguns estudos apontam que a contaminação de crianças por Sars-Cov-2 é de 6%, e desses 0,6% são casos graves. Na maioria das vezes os pacientes são assintomáticos, entretanto quando apresentam sintomas, eles se assemelham a síndrome gripal. O grande impasse da comunidade pediátrica é o desenvolvimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), manifestada cerca de 30 dias após a infecção. Objetivo: caracterizar o desenvolvimento, sintomas, diagnóstico e tratamento para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Materiais e métodos: revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando palavras chave em português COVID-19, Pediatria e Criança, e em inglês COVID-19, Pediatrics, Child, no período de 2019 a 2021. Resultados: a SIM-P pode acometer a faixa etária de 0 a 19 anos. Caracteriza-se por um quadro pós-infeccioso, potencialmente grave, entretanto, sua recorrência é rara. A SIM-P pode manifestar sintomas após cerca de 30 dias após a infecção por covid-19 ou epidemiologia positiva associada com sintomas de febre e inflamação adjunto à achados clínicos como; manifestações clinicas da Doença de Kawasaki, choque, problemas cardíacos, coagulopatia e distúrbios gastrointestinais. Exames laboratoriais avaliativos como os marcadores inflamatórios PCR, VHS ou prolactina podem ser realizados para diagnóstico, assim como, teste antigênico ou sorológico para Covid-19 ou histórico de contato com indivíduos contaminados. O tratamento ocorre do forma individual conforme a evolução do caso do paciente. Em casos leves, em geral, são tratados os sintomas manifestados, nos casos graves o tratamento diferencia de acordo com a complicação desenvolvida. Para pacientes pediátricos não há medicamento com efeito antiviral eficaz. Conclusão: a SIM-P, apesar de ser um quadro raro, pode conduzir complicações graves como o acometimento cardíaco. Portanto, é necessário acompanhar o processo pós infeccioso em crianças afim de evitar complicações desencadeadas pela SIM-P.
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