DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA NO ANO DE 2020
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2183Palavras-chave:
HANSENÍASE, LEPRA, EPIDEMIOLOGIA, MYCOBACTERIUM LEPRAEResumo
Introdução: A hanseníase (conhecida antigamente como lepra) é uma doença infectocontagiosa provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, transmitida pelo contato direto com secreções respiratórias de um indivíduo infectado, assim como pelo contato com animais infectados, como os tatus. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais casos novos da enfermidade no mundo. É uma doença crônica, marcada pelo surgimento de lesões cutâneas associadas à alteração da sensibilidade no local, que pode levar a sequelas físicas incapacitantes e a deformidades em casos de tratamento tardio, configurando-se como um problema de saúde pública e de intervenção imprescindível. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos novos de hanseníase na população brasileira no ano de 2020. Material e métodos: Trata-se de um estudo ecológico, do tipo quantitativo e descritivo. Utilizaram-se dados obtidos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes às notificações de hanseníase no Brasil no ano de 2020. Avaliaram-se os dados de acordo com a unidade federativa, raça, sexo, faixa etária e escolaridade. Resultado: Em 2020 houve um total de 19.478 novos casos de hanseníase no Brasil. Os estados em que mais houveram notificações foram: Mato Grosso (2.795), Maranhão (2.308) e Pará (1.949). Analisando-se as regiões brasileiras, o Nordeste apresentou 8.190 casos, seguido do Centro-Oeste com 4.366 e Norte com 3.876 casos. Quanto à faixa-etária da população afetada, a maior parte (11.067) possui entre 40 e 69 anos, enquanto que no quesito raça, observou-se que houve um predomínio de casos em pessoas pardas (11.698). A prevalência de casos novos foi superior no sexo masculino (11.404) em comparação pessoas do sexo feminino (8.074). Acerca da escolaridade, verificou-se que a maior parte da população afetada (7.221) possui Ensino Fundamental incompleto. Conclusão: Diante do exposto, constatou-se que a população mais afetada compreende, sobretudo, homens, nordestinos, autodeclarados pardos, com idade entre 40 e 69 anos e que possuem o ensino fundamental incompleto. Percebe-se, desse modo, a necessidade de maior atenção ao perfil epidemiológico da população brasileira em relação à hanseníase, para que favoreça a redução das infecções por esta causa, bem como incentivar o diagnóstico precoce e promover maior adesão ao tratamento.
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