ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NOTIFICADA NO ESTADO DO PARÁ NO ANO DE 2019
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2140Palavras-chave:
LEISHMANIOSE VISCERAL, PARÁ, SAÚDE PÚBLICA, SINANResumo
Introdução: A leishmaniose visceral é uma doença causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania. Tem apresentação clínica crônica e sistêmica, capaz de afetar vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Sua ocorrência depende da presença de vetores vertebrados (flebotomíneos) e não vertebrados (mamíferos), por isso é uma doença de difícil controle epidemiológico. Objetivo: Identificar a prevalência da leishmaniose visceral no Pará e o principal município acometido dentre os casos notificados no ano de 2019. Material e métodos: trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. A análise foi realizada por meio de consulta à base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: foram notificados 347 casos de leishmaniose visceral no estado do Pará. Das 84 cidades registradas, divididas em 18 microrregiões pelo IBGE, a microrregião de Parauapebas, que possui 4 municípios, liderou o número de casos notificados representando 30% (n=104), com destaque para a cidade de Parauapebas 17,6% (n=61), seguido da microrregião de Marabá 12% (n=42) que contém 3 municípios, com destaque para a cidade de Marabá 11,3% (n=39). As mais microrregiões mais populosas e urbanizadas do estado, representadas por Belém (composta por 3 municípios) e Castanhal (composta por 2 municípios) apresentaram baixa incidência de leishmaniose visceral, correspondendo a 0,03% (n=10) e 0,01%(n=5) respectivamente. A principal faixa etária acometida foi de 1-4 anos 25,64% (n=89), representando 38,20% dos casos, seguida da faixa etária de 20-39 18,7% (n=65). Dos pacientes acometidos 64,3% moravam em zona urbana. Apenas 17,8% (n=62) receberam diagnóstico parasitário. Conclusão: a leishmaniose no estado do Pará está sob controle nas microrregiões mais populosas do estado representadas por Belém e Castanhal, no entanto, há uma maior necessidade de saúde pública voltadas para vigilância, prevenção e controle da leishmaniose visceral na microrregião de Parauapebas e Marabá. Também ressalta-se a necessidade de fortalecer a rede de diagnóstico parasitário desta doença a fim de iniciar precocemente o tratamento adequado.
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