ANTICORPOS ANTINUCLEARES NO DIAGNÓSTICO DO LÚPUS ERITEMASO SISTÊMICO
Palavras-chave:
anticorpos antinucleares, imunofluorescência, LúpusResumo
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune que envolve múltiplos órgãos, caracterizada por uma grande quantidade de autoanticorpos, particularmente anticorpos antinucleares (ANAs), onde a lesão é causada, principalmente pela deposição de complexos imunes e ligação dos anticorpos a várias células e tecidos. Seu diagnóstico baseia-se em critérios clínicos e laboratoriais manifestados, com amplo diagnóstico diferencial, especialmente em fases iniciais. O American College of Reumatology preconiza a presença de pelo menos quatro critérios clínicos e laboratoriais para diagnóstico, entre eles lesão renal, artrite, eritema malar, alterações neurológicas e serosite. A apresentação clássica é de lesões cutâneas em mulheres jovens, no período fértil, mas há imensa variedade sindrômica. Objetivo: Relatar sobre o procedimento do teste ANA no diagnóstico do LES. Material e métodos: Esse trabalho baseou-se em uma revisão bibliográfica da literatura nas bases de dados Google Acadêmico, Lilacs, Scielo, EBSCO, com os descritores: LES, diagnóstico, autoanticorpos. Resultados: Entre os principais testes de autoanticorpos, o de maior valor na triagem para o LES é do ANA, uma técnica de imunofluorescência indireta utilizando com substrato células da linhagem HEp-2, derivadas de tumor de células epiteliais humanas. Dependendo da especificidade do anticorpo presente, diferentes colorações são encontradas em estruturas específicas da célula, dando origem a diferentes padrões de fluorescência celular. O teste ANA positivo revela a presença de anticorpos séricos que se ligam a componentes do núcleo celular. O teste é realizado com diferentes diluições do soro do paciente em uma monocamada de células humanas colocadas em uma lâmina de vidro. Um segundo anticorpo anti-IgG marcado fluorescentemente é então adicionado e as células são examinadas com um microscópio de fluorescência para detectar se algum dos anticorpos séricos se ligou ao núcleo. O título de ANA é a máxima diluição do soro que ainda produz coloração nuclear detectável. Conclusão: A forma de apresentação clínica do LES é muito heterogênea, sendo a pesquisa de anticorpos antinucleares o alicerce básico do diagnóstico laboratorial associado ao histórico do paciente. Apesar de possuir alta positividade não é o mais específico, pois esses anticorpos podem ser detectados em outras doenças autoimunes, infecciosas, ou mesmo em pessoas idosas.
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