APOIO MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: As políticas públicas de saúde mental apresentam várias modificações nas últimas décadas, indo de um atendimento centrado no hospital para um cuidado no território. A mudança do modelo de atenção possibilitou a ampliação da oferta do cuidado. A ferramenta do apoio matricial é um fator importante no cuidado, pois permite um novo modo de produzir saúde. Objetivo: Analisar a literatura em busca de conhecer como os profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) concebem e compreendem o Apoio Matricial em saúde mental e, as ações desenvolvidas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, cuja busca dos estudos primários ocorreu nas bases PubMed, CINAHL e LILACS. Para análise foram incluídos estudos em inglês, português e espanhol, publicados em periódicos, no período de 2016 a 2021. Resultados: A busca resultou em 79 artigos, sendo 19 estudos utilizados para subsidiar a pesquisa. Dentre os artigos que compõem a amostra, os anos de 2016 a 2018 correspondem quatro estudos (21,05%) respectivamente, cinco (26,31%) ao ano de 2019 e dois (10,52%) ao ano de 2020. No que se diz respeito a região geográfica de onde advém os estudos analisados, há considerável concentração de publicações na região Nordeste com um percentual de 52%, seguida das regiões sudeste e Sul, correspondendo a um percentual de (37%) e (11%) respectivamente. Estudo evidência que apesar do restrito investimento em apoio matricial, por parte de muitos municípios, ainda assim a prática do apoio matricial se mostra efetivo para consolidação da atuação multiprofissional, além de ser uma ferramenta importante na consolidação da integralidade do cuidado. As atividades de apoio matricial favoreceram o acesso dos sujeitos em sofrimento psíquico pelas várias esferas do sistema de saúde, permitindo a ampliação do olhar dos profissionais dos serviços de atenção primária. Conclusão: O apoio matricial é uma importante ferramenta de capacitação das equipes de APS. Entretanto, observa-se que há ainda um longo caminho a percorrer para que os profissionais se responsabilizem pelo cuidado.