CONTAGEM DE PLAQUETAS NA ADMISSÃO COMO PREDITOS DE MAIOR GRAVIDADE EM PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1943Palavras-chave:
COVID-19, SARS-COV 2, SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA, PANDEMIA, PLAQUETASResumo
Introdução: Mesmo com o progresso gradual na área fisiopatologia e dos fatores relacionados ao prognóstico em pacientes com COVID-19, contudo não se sabe ainda se a contagem de plaquetas no plasma nestes pacientes pode ter uma correlação com o pior desfecho clinico, como óbito durante a internação na fase aguda da doença. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar quais fatores de risco e marcadores laboratoriais correlacionados ao pior prognóstico clinico, o óbito e com a contagem de plaquetas do plasma pacientes hospitalizados por COVID-19 em hospital universitário Métodos: Estudo clínico prospectivo observacional em pacientes hospitalizados por COVID-19 com mais de 18 anos internados em hospital universitário. Todos os pacientes incluídos foram avaliados quanto a sintomas e exames laboratoriais nas primeiras 24 horas e fatores de risco para doença cardiovascular (DCV). Análise estatística foi realizada para avaliar quais fatores se associaram ao desfecho óbito durante a internação. Resultados: Foram avaliados 104 pacientes internados consecutivamente pela doença no período de agosto a dezembro de 2020, com idade média de 6218 anos, sem diferença entre sexo, média de 113 dias de internação, média de dias de sintomas no momento da internação de 103 sendo que 49% precisaram de UTI e 18% faleceram. A amostra apresentou 44% de hipertensos, 14,4% com DCV conhecida e 23% de diabéticos. Nenhum fator de risco ou sintoma na admissão se associaram a maior mortalidade. Em 67 pacientes que apresentaram todos os exames, os fatores que se associaram a maior mortalidade foram idade (p=0,001) e contagem de plaquetas (p=0,002) na admissão. Nem dímero D, troponina ou PCR foram associados à gravidade pela doença. O valor de corte de contagem de plaquetas 156000 mm 3 apresentou sensibilidade de 22% e especificidade de 82% para mortalidade, com área sobre a curva de 0,75 [IC: 0,63-0,87; p=0,002). Conclusão: Grande parte dos marcadores não teve relação com a alta taxa de mortalidade, contudo a contagem de plaqueta no limite inferior da normalidade no momento da internação apresentou especificidade de 82% para desfecho desfavorável: óbito. Além disso, o fator idade teve uma relação com o pior prognóstico em pacientes internados.
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