CONTAGEM DE PLAQUETAS NA ADMISSÃO COMO PREDITOS DE MAIOR GRAVIDADE EM PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19

Autores

  • Gustavo Alexandre Cruz
  • Érica Letícia Angelo Liberato
  • João Paulo Gregorio
  • Fernanda de Feitas Anibal
  • Meliza Goi Roscani

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1943

Palavras-chave:

COVID-19, SARS-COV 2, SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA, PANDEMIA, PLAQUETAS

Resumo

Introdução: Mesmo com o progresso gradual na área fisiopatologia e dos fatores relacionados ao prognóstico em pacientes com COVID-19, contudo não se sabe ainda se a contagem de plaquetas no plasma nestes pacientes pode ter uma correlação com o pior desfecho clinico, como óbito durante a internação na fase aguda da doença. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar quais fatores de risco e marcadores laboratoriais correlacionados ao pior prognóstico clinico, o óbito e com a contagem de plaquetas do plasma pacientes hospitalizados por COVID-19 em hospital universitário Métodos: Estudo clínico prospectivo observacional em pacientes hospitalizados por COVID-19 com mais de 18 anos internados em hospital universitário. Todos os pacientes incluídos foram avaliados quanto a sintomas e exames laboratoriais nas primeiras 24 horas e fatores de risco para doença cardiovascular (DCV). Análise estatística foi realizada para avaliar quais fatores se associaram ao desfecho óbito durante a internação. Resultados: Foram avaliados 104 pacientes internados consecutivamente pela doença no período de agosto a dezembro de 2020, com idade média de 6218 anos, sem diferença entre sexo, média de 113 dias de internação, média de dias de sintomas no momento da internação de 103 sendo que 49% precisaram de UTI e 18% faleceram. A amostra apresentou 44% de hipertensos, 14,4% com DCV conhecida e 23% de diabéticos. Nenhum fator de risco ou sintoma na admissão se associaram a maior mortalidade. Em 67 pacientes que apresentaram todos os exames, os fatores que se associaram a maior mortalidade foram idade (p=0,001) e contagem de plaquetas (p=0,002) na admissão. Nem dímero D, troponina ou PCR foram associados à gravidade pela doença. O valor de corte de contagem de plaquetas 156000 mm 3 apresentou sensibilidade de 22% e especificidade de 82% para mortalidade, com área sobre a curva de 0,75 [IC: 0,63-0,87; p=0,002). Conclusão: Grande parte dos marcadores não teve relação com a alta taxa de mortalidade, contudo a contagem de plaqueta no limite inferior da normalidade no momento da internação apresentou especificidade de 82% para desfecho desfavorável: óbito. Além disso, o fator idade teve uma relação com o pior prognóstico em pacientes internados.

Publicado

2021-09-10

Como Citar

Cruz, G. A. ., Liberato, Érica L. A. ., Gregorio, J. P. ., Anibal, F. de F., & Roscani, M. G. (2021). CONTAGEM DE PLAQUETAS NA ADMISSÃO COMO PREDITOS DE MAIOR GRAVIDADE EM PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 03. https://doi.org/10.51161/rems/1943

Edição

Seção

I Congresso Nacional On-line de Biologia Celular e Estrutural