A UTILIZAÇÃO DA PAPAÍNA NO TRATAMENTO DE LESÕES TECIDUAIS – REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1937Palavras-chave:
CICATRIZAÇÃO, FITOTERÁPICO, MAMÃOResumo
Introdução: A papaína é uma proteína presente no mamão, que contém enzimas proteolíticas na qual vem sendo bastante utilizada como um método alternativo de tratamento de lesões teciduais, pois possui propriedades farmacológicas que potencializam a cicatrização de feridas por segunda intenção. Os seus potenciais de debridamento químico, bacteriostático e bactericida vem trazendo eficácia terapêutica no tratamento das lesões, visto que ela auxilia na remoção de exsudatos inflamatórios, e possui alta eficácia na lise específica dos tecidos mortos. Objetivos: objetivou-se com esse estudo, evidenciar a importância das propriedades terapêuticas da papaína e seus benefícios no processo de cicatrização tecidual. Materiais e Métodos: A metodologia utilizada foi a de revisão integrativa, em que se realizou pesquisas nas bases de dados PubMed, Science direct e Scielo, utilizando descritores de Ciência da Saúde “Cicatrização” “Fitoterápicos” e “Mamão”. Resultados: A papaína é uma proteína que atua na lise do tecido desvitalizado, sendo este um processo importante para cicatrização, uma vez que a presença do tecido necrótico retarda o processo cicatricial. Em sua catalisação da quebra de proteína do tecido desvitalizado, ela facilita a formação de colágeno, que está diretamente ligado à oxidação de resíduos de lisina e hidroxilizina, componentes cruciais para o processo de reparo tecidual. A utilização de soluções contendo papaína, pode mudar de concentração e possuem indicações especificas. Em feridas secas ou com tecido de granulação, é indicado a concentração de 2% a 4% de papaína. Quando tem a presença de exsudato purulento e/ou infecções é preconizado a utilização de 4% à 6% do principio ativo. E se houver a existência de tecido necrótico, recomenda-se a concentração de 10%. Sua ação pode ser inativada reagindo com agentes oxidantes, como, oxigênio, derivados do iodo, ferro, peróxido de hidrogênio e nitrato de prata. Dessa forma, recomenda-se a limpeza das lesões utilizando solução salina. Conclusão: A utilização da papaína é uma ótima alternativa para o tratamento de lesões teciduais, por se tratar de um fitoterápico de baixo custo e elevada acessibilidade. É crucial o medico veterinário ter conhecimento dos componentes bioquímicos dessa proteína, visto que sua associação com algumas substancias, pode comprometer o seu potencial terapêutico.
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