IMPACTO DA ESPOROTRICOSE NA SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1927Palavras-chave:
ZOONOSE, MICOSE, SAÚDE PÚBLICAResumo
Introdução: A esporotricose é uma doença micótica zoonótica normalmente transmitida de felinos domésticos para seus responsáveis. Conforme a relação gato-ser humano cresce ao longo dos anos, torna-se de suma importância a consolidação da saúde única, área da medicina que envolve a esfera humano-animal, sendo essencial para o tratamento, diagnóstico e prevenção dessa zoonose, tanto em felinos quanto em seus responsáveis e contactantes. Objetivo: Este resumo tem por objetivo a conscientização da saúde única diante do aumento das incidências de esporotricose no Brasil e seu impacto na saúde pública. Material e Métodos: Para a construção deste resumo, foram realizadas buscas em bases de dados como Biblioteca Virtual em Saúde, Google Acadêmico e leitura teórica de artigos científicos, em 2021. Resultados: A esporotricose apresenta-se como uma zoonose emergente no Brasil. Nos últimos 20 anos (1986-2016) notificaram-se, no Rio de Janeiro, 4.669 casos. A escassez de higiene, como inadequada coleta de lixo e ausência de saneamento básico, está associada aos casos, ameaçando a população necessitada. Embora a esporotricose normalmente não acometa estruturas além de pele, mucosa e subcutâneo, tem um impacto e custo social indireto, visto que os acometidos ausentam-se do trabalho, sofrem com a doença e aspecto indesejável das lesões cicatriciais e, além disso, sabe-se que muitas unidades básicas de saúde da população sofrem com a escassez de recursos. Em contraponto aos sinais desenvolvidos nos humanos, nos felinos domésticos a enfermidade desenvolve sinais sistêmicos além dos cutâneos, promovendo o sacrifício desnecessário de animais por falta de tratamento ou morte em decorrência da doença, mantendo o ciclo de transmissão e contaminando outros animais e humanos suscetíveis. Conclusão: Embora os entraves sociais contribuam para a situação atual, interferir em tais questões está além da esfera da saúde pública, portanto, para que se possa diminuir o número de casos, disseminação e transmissão por Sporothrix spp., a oferta de informação por meio de ações de educação ambiental e o conhecimento sobre o ciclo biológico do agente causador devem ser proporcionadas à população, para controlar a situação e desmistificar os perigos entre a guarda responsável dos felinos domésticos e a existência do fungo no ambiente.
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