USO DE QUIMIOTERAPIA E ELETROQUIMIOTERAPIA NO CONTROLE DE MELANOMA ORAL AMELANÓTICO CANINO - RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1922Palavras-chave:
MELANOMA ORAL CANINO, MELANOMA ORAL AMELANÓTICO CANINO, ELETROQUIMIOTERAPIA, QUIMIOTERAPIAResumo
Introdução: O melanoma oral canino é uma neoplasia maligna, formado a partir de melanócitos. Quando ele é classificado como amelanótico, ele não sintetiza melanina intracitoplasmática e tem um comportamento agressivo, uma vez que possui um rápido desenvolvimento. Por causa disso, se infiltra localmente, tendo aumento do volume da cavidade oral, bem como deformação do contorno facial, hemorragia e perda de peso, podendo ocorrer metástase por via linfática até os linfonodos e pulmões. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso de melanoma oral amelanótico, onde é abordado o tratamento para o controle do crescimento do tumor, a fim de se garantir uma qualidade de vida relativamente boa ao animal. Material e métodos: Uma cadela, da raça teckel, de 8 anos, foi atendida na Clínica Veterinária Vital Vet com histórico de sangramento na gengiva, halitose e dificuldade para se alimentar. Após o exame clínico, foi vista uma massa aderida, envolvendo terceiro e quarto dente pré-molar e invadindo o palato. Logo, o animal foi submetido ao exame histopatológico, tendo o diagnóstico de melanoma amelanótico com infiltração no tecido conjuntivo peritumoral. Assim, iniciou-se protocolo quimioterápico com a utilização da carboplatina via intravenosa, a fim de reduzir a chance de metástase, visto que a radiografia do tórax apresentou normalidade. Ademais, optou-se pela eletroquimioterapia, com sulfato de bleomicina e cloridrato de doxorrubicina via intravenosa, que foi intercalada com a carboplatina após 21 dias. Resultados: Houve remissão tumoral no local, mantendo a qualidade de vida do animal. Contudo, devido à infiltração tumoral, a cadela apresentou dificuldade para se alimentar e foi colocada uma sonda esofágica no dia da eletroquimioterapia. Além disso, houve deformação facial e a eutanásia foi indicada após um mês do diagnóstico. Conclusão: Apesar desse esquema ter sido descrito poucas vezes na literatura, ele se mostrou satisfatório no controle local do melanoma amelanótico oral em cães, já que impediu o crescimento tumoral na maxila. Entretanto, ainda vale destacar que essa neoplasia é importante, pois mesmo que os tratamentos indicados sejam seguidos, os animais acometidos têm uma taxa de sobrevida baixa, mostrando, assim, que os protocolos não são totalmente eficazes, sendo necessário novos estudos.
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