GIARDÍASE: UMA ZOONOSE ATUAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1913Palavras-chave:
SAÚDE ÚNICA, INFECÇÃO, PROTOZOÁRIOResumo
Introdução: A giardíase é uma importante zoonose, e que, devido o relacionamento mais próximo dos proprietários com seus animais de estimação aumentou-se a possibilidade de transmissão da giardíase aos seres humanos. Objetivo: O objetivo desta revisão bibliográfica é descrever os aspectos sanitários, zoonóticos e epidemiológicos da Giardia intestinalis. Materiais e métodos: utilizou-se o método de pesquisa exploratório partindo de uma revisão bibliográfica composta por artigos acerca do assunto. A pesquisa foi baseada em estudos de autores que elaboraram trabalhos pertinente ao assunto, entre 2006 e 2020. Resultados: A Giardia intestinalis é um protozoário da porção superior do intestino delgado. Constitui causa muito frequente de doença diarreica em grande variedade de espécies animais, incluindo o homem. A transmissão se dá de maneira direta por rota fecal-oral ou pelo consumo de água ou alimentos contaminados com formas evolutivas de Giardia spp. As recentes descobertas da capacidade zoonótica de parasitos do gênero Giardia têm despertado atenção entre pesquisadores e autoridades públicas, especialmente quanto à participação dos animais de companhia nessa cadeia epidemiológica. Foi verificado que o compartilhamento do espaço domiciliar com animais infectados duplica a chance de ocorrência de infecção humana e que a presença do cão em casa é um fator de risco para esta enfermidade em seus tutores. Estudos moleculares realizados com amostras de fezes de cães e de seres humanos sugerem a possibilidade de infecção entre as espécies devido a ambos compartilharem alguns genótipos do parasito. Do ponto de vista epidemiológico, animais errantes e aqueles domiciliados que não receberam tratamento antiparasitário, têm um papel importante na contaminação do meio ambiente, aliado à facilidade com que circulam por áreas públicas como praças e parques. Melhorias nas condições habitacionais e orientações para o cuidado com animais de companhia livres de agentes infecciosos podem servir para diminuir os riscos de infecções parasitárias nos moradores de residências coletivas multifamiliares, bem como melhorias nas condições de higiene e saneamento. Conclusão: este estudo mostrou que o compartilhamento domiciliar de animais e humanos, quando não ocorre o cuidado sanitário e tratamento antiparasitário, tende a ser um fator preocupante devido a facilidade de transmissão zoonótica.
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