PERCEPÇÃO DE TUTORES DE CÃES E GATOS SOBRE A DERMATOFITOSE E SEU POTENCIAL ZOONÓTICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1911Palavras-chave:
ANIMAIS, FUNGOS, ZOONOSEResumo
Introdução: A dermatofitose é uma infecção cutânea superficial que atinge o estrato córneo e tecidos queratinizados causada por fungos dermatófitos, os principais fungos causadores são o Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes. A dermatofitose é uma zoonose de distribuição cosmopolita que atinge principalmente cães, gatos e humanos devido a sua relação íntima, se apresenta em forma de lesões circulares, eritematosas, de crescimento centrífugo e acompanhadas ou não de prurido. Objetivos: Objetivou- se com a realização deste trabalho evidenciar o conhecimento de tutores de cães e gatos a respeito da dermatofitose com foco na sua transmissão e prevenção. Materiais e métodos: O estudo foi realizado de forma remota por meio de questionário com cinco perguntas afirmativas e de múltipla escolha através da plataforma Google Formulários, concedido por link em redes sociais. O estudo teve caráter quantitativo com população amostral de 128 pessoas no período de 28 de Junho a 05 de Julho de 2021. Resultados: 92,2% dos participantes são tutores de cães ou gatos. 71,9% já apresentaram a doença ou conhecem algum caso de dermatofitose e 28,1% não têm conhecimento. Sobre os animais que podem transmitir a dermatofitose, os participantes afirmam: cães e gatos (43%); gatos, cães, coelhos e roedores (32,8%); apenas gatos (21,9%); alegaram não saber a resposta (2,4%). Referente às formas de transmissão do fungo, alegaram que ocorrem por: contato indireto por fômites (68,8%); contato direto com animal contaminado (52,3%); brigas entre animais contaminados (37,5%); cavar e arranhar solo e árvores contaminadas (15,6%). A respeito das formas de prevenção, assinalaram: isolar animais infectados dos sadios (73,4%); limpeza do ambiente com hipoclorito de sódio ou alvejante (71,9%); limitar acesso do animal a rua e evitar contato com animais que podem estar contaminados (57,8%); usar luvas ao manejar animais infectados (57%); diagnóstico e tratamento precoce (48,4%); castração (7%). Conclusão: Portanto, fica evidente que os tutores não possuem conhecimento necessário a respeito da dermatofitose, principalmente sobre suas formas de transmissão, sendo necessário elaboração de políticas de conscientização e educação a respeito das dermatopatias zoonóticas.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br