HÉRNIA PERINEAL EM CÃO: RELATO DE CASO

Autores

  • Francielle Maria Prodocimo Queiroz
  • Marcela Helena Nozawa
  • Maria Vitória Marchenta Chanquette
  • Mariana Ramos Andrade Beraldo

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1900

Palavras-chave:

HERNIORRAFIA, MÚSCULO, PRÓSTATA, RETO, TENESMO

Resumo

Introdução: A hérnia perineal (HP) é considerada uma condição patológica decorrente da fragilidade e separação dos músculos do diafragma pélvico, podendo haver o deslocamento caudal da vesícula urinária e próstata, entre outros órgãos da cavidade abdominal, esta afecção é descrita comumente em cães machos, principalmente não castrados e entre os sete e dez anos de idade. Sinais clínicos como tenesmo, aumento de volume perineal, constipação - são achados recorrentes, associados a disúria e estranguria. O diagnóstico é baseado em anamnese, exame físico e complementares como ultrassonografia, radiografia e uretrocistografia retrógrada, logo que confirmada, a herniorrafia é caracterizada como tratamento de escolha. Objetivo: Objetivou-se com o presente trabalho relatar um caso de HP em um SRD, canino, 10 anos, 12,1 Kg, atendido no Hospital Veterinário Dr. Vicente Borelli - UNIFEOB, com queixa principal de aumento de volume perineal recorrente. Materiais e métodos: Para a confirmação de tal afecção realizou-se o exame radiográfico, como tratamento de escolha indicou-se: a herniorrafia, considerada técnica tradicional de reposição anatômica, e a castração do animal, com a finalidade de diminuir as chances de recidivas, esta conduta permitiu ainda o diagnóstico de hiperplasia prostática benigna (HPB) e um abscesso prostático, as técnicas em conjunto proporcionaram um bom prognóstico ao animal. Foram prescritos omeprazol (0,7 mg/ kg), metronidazol (20 mg/ kg), enrofloxacina (4 mg/ kg), meloxicam (0,1mg/ kg), dipirona (25mg/ kg), cloridrato de tramadol (3mg/ kg) e lactulose (2,5 ml). Resultados: No retorno, em sete dias notou-se um edema na região abdominal, evidenciando líquido inflamatório ao exame ultrassonográfico. Dessa forma, foi indicado meloxicam (0,1mg/ kg) SID durante 3 dias, compressas mornas e frias no local. Na reavaliação, após dois dias, verificou-se melhora parcial, e além das compressas locais foi realizada a troca por firocoxib (5mg/ kg) SID por 5 dias. Conclusão: A orquiectomia pode evitar complicações prostáticas como a HPB, que pode dar origem aos sinais clínicos como disúria e tenesmo, favorecendo o aparecimento da HP em machos intactos com idade mais avançada, correlacionando com a musculatura da região que possui fragilidade, sendo assim, a associação das técnicas é considerada uma boa alternativa permitindo o prognóstico ao animal.

Publicado

2021-09-04

Como Citar

Queiroz, F. M. P. ., Nozawa, M. H., Chanquette , M. V. M. ., & Beraldo, M. R. A. . (2021). HÉRNIA PERINEAL EM CÃO: RELATO DE CASO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 81. https://doi.org/10.51161/rems/1900

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais