FARMACODERMIA EM UM FELINO APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS DO GRUPO BETALACTÂMICO: RELATO DE CASO

Autores

  • Daniela da Silva Camargo
  • Mirian Siliane Batista De Souza

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1895

Palavras-chave:

BETALACTÂMICO, FARMACODERMIA, FELINO, PENICILINA

Resumo

Introdução: A farmacodermia ou também conhecida como reação medicamentosa adversa, toxidermia ou dermatite medicamentosa ou erupções é uma afecção secundária a utilizações de drogas terapêuticas ou combinações de fármacos na qual causam reações adversas no paciente principalmente lesões cutâneas. Sua ocorrência tem se relatado baixa nos animais domésticos com incidência de 1,6% nos felinos e maior probabilidade de ser causado por antibióticos seguido de anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e analgésicos/antipiréticos. As lesões que encontramos podem ser de várias maneiras, como reação no local da injeção, urticária e angioedema, erupções maculopapulares, eritroderma, dermatose vesicobulosa "autoimune-imune", reações liquenoides, prurido e lesões auto-induzidas, reações de contato, vasculite e a eritema multiforme e necrólise epidérmica tóxica. Objetivos: O presente trabalho consiste como principal objetivo discutir a respeito de um caso de farmacodermia secundária ao uso de antibiótico da classe dos betalactâmicos, a penicilina em felino visto que não existe tantos relatos na literatura de medicina veterinária a respeito do tema. Material e Métodos: Relata o caso clinico de um felino fêmea, castrada, sem raça definida, 1 ano de idade, 2,5kg com queixa de apatia, anorexia, febre e início de feridas necrotizantes em toda extensão de tórax e abdômen 5 dias após ter sido submetida à procedimento cirúrgico de ovariossalpingohisterectomia (OSH) no qual foi utilizado penicilina como antibiótico trans operatório. A suspeita diagnóstica foi estabelecida a partir de histórico, anamnese, exame físico associado a exames laboratorias com hemograma, bioquímicos, hemogasometria, cultura/antibiograma e histopatológico da lesão cutânea. Resultados: O tratamento instituído principalmente pela substituição do antibiótico foi eficaz tanto para o quadro de sepse secundário a farmacodermia que o animal apresentava e também as feridas cutâneas extensas e animal teve total recuperação do quadro após 20 dias. Conclusão: O diagnóstico é o fator mais comprometedor desta afecção visto que, não existe exames específicos, sendo assim importante um bom histórico do paciente juntamente com anamnese minuciosa, características das lesões e resultado de biopsia. Para um efetivo tratamento não há nenhuma medicação satisfatório de fato, mas consiste principalmente na interrupção do fármaco suspeito das erupções cutâneas juntamente com tratamento suporte.

Publicado

2021-09-04

Como Citar

Camargo, D. da S. ., & Souza, M. S. B. D. (2021). FARMACODERMIA EM UM FELINO APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS DO GRUPO BETALACTÂMICO: RELATO DE CASO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 76. https://doi.org/10.51161/rems/1895

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais