HEMOPARASITOSE EM UMA CANINA- RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1888Palavras-chave:
ANAPLASMOSE, BABESIOSE, CANINA, HEMOPARASITOSE, RANGELIOSEResumo
Introdução: A hemoparasitose é uma patologia de alta casuística na rotina clínica veterinária, desencadeada por bactérias, protozoários, helmintos, possuindo como principal transmissor o carrapato em períodos do ano de maior incidência de calor e umidade, tendo em vista o potencial zoonótico. A babesiose é causada pelos protozoários Babesia Canis e Babesia gibsoni transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, esses parasitas causam a hemólise das hemácias. Já a anaplasmose é oriunda de bactérias intracelulares Anaplasma platys ou Anaplasma phagocytophilum transmitidas pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, causando trombocitopenia. A rangeliose é ocasionada por um piroplasma Rangelia vitalli, transmitida por carrapatos Rhipicephalus sanguineus e Amblyomma aerolatum, se replicando nos eritrócitos. Objetivo: Relatar um caso clínico de uma canina. Relato de caso: canina castrada, sem raça definida, com 1 ano e dois meses, pesando 11,4 Kg, sendo atendida em uma clínica veterinária particular em Caxias do Sul/RS, apresentando apatia, hematoquezia, anorexia, prostração, epistaxe, sangramento em pontas de orelhas, mucosas hipocoradas com petéquias e febre. Durante o atendimento foi realizada coleta sanguínea para avaliação hematológica, esfregaço sanguíneo periférico da orelha, bioquímica sérica (creatinina, fosfatase alcalina, ureia, transaminase pirúvica) e urinálise, apresentando alterações, tais como anemia regenerativa, leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda, linfocitose, trombocitopenia, na urinálise houve presença de hemoglobina, leucócitos, proteinúria. No exame de esfregaço de sangue periférico apresentou-se negativo para hemoparasitas. O diagnóstico definitivo foi através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), na qual evidenciou os agentes patogênicos de babesiose, rangeliose e anaplasmose. O tratamento instituído foi doxiciclina (5 mg/kg/q.12h durante 28 dias), azitromicina (10 mg/Kg/q.24h durante 10 dias), diaceturato de diminazeno (0,5ml/2Kg) repetindo em 14 dias a dose com prévia aplicação de atropina (0,044 mg/Kg), suplemento vitamínico mineral aminoácido (1 ml/q.24h). O animal se manteve bem clinicamente durante o tratamento, obtendo cura da enfermidade. Conclusão: Mesmo com o diagnóstico negativo de esfregaço sanguíneo periférico, com a suspeita clínica do animal foi solicitado PCR para confirmar a patologia, assim foi de suma importância a pesquisa de hemoparasitas pelos sinais clínicos do canino, juntamente do tratamento precoce e assertivo.
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