APLICAÇÃO DE PELE DE TILÁPIA COMO CURATIVO OCLUSIVO EM FERIDA CIRÚRGICA DE CADELA: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1886Palavras-chave:
CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS, BIOMATERIAIS, OREOCHROMIS SPP, TERAPIA INOVADORAResumo
Introdução: Uma cadela senil submetida ao procedimento de mastectomia apresentou dificuldade na cicatrização permanecendo com a ferida cirúrgica aberta por um longo período. Diversas intervenções cirúrgicas e tratamentos foram realizados, mas sem sucesso. Diante disso, optou-se pela utilização experimental da pele de tilápia como curativo oclusivo biológico, já que esse material apresenta características favoráveis à cicatrização. Objetivos: Buscou-se observar os benefícios em decorrência do uso dessa terapia na paciente canina. Materiais e métodos: As peles, subprodutos de descarte da indústria do filé foram doadas por piscicultores locais. Em seguida foram submetidas a descontaminação química através de soluções com digliconato de clorexidina, antibióticos e propanotriol, depois foram embaladas a vácuo para serem refrigeradas. Assim, após anestesia da paciente foi realizada biópsia incisional da ferida antes da aplicação do curativo biológico, o qual foi hidratado com solução fisiológica e suturado como bandagem na borda da lesão. Posteriormente realizou-se escala de dor para avaliação do bem estar e aferição dos parâmetros fisiológicos. Durante todo o tratamento realizou-se avaliações clínicas e histológicas. Resultados: Notou-se atenuação do padrão inflamatório granulomatoso e redução no tamanho da ferida, além de significativa melhora macroscópica e microscópica demonstrando estado avançado de cicatrização. Não foram observados sinais de desconforto e alterações dos parâmetros fisiológicos da paciente. Conclusão: Conclui-se que a terapia com a pele de tilápia foi fundamental para a evolução na cicatrização da ferida cirúrgica da paciente canina, não sendo observados malefícios. Além do bem estar evidente restituído a tutora e sobretudo a paciente pois, após instituir o tratamento com o curativo de pele de tilápia foram necessárias menos intervenções clínicas.
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